O julgamento foi finalizado na quinta (14), mas os ministros já tinham formado maioria na quarta (13), mesmo dia em que o ex-deputado publicou foto machucado e fez mistério a seguidores
O deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR) teve o mandato cassado por unanimidade pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) (Foto/Bruno Spada/Câmara dos Deputados)
Por unanimidade, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu manter a anulação do registro de candidatura de Deltan Dallagnol, que teve o mandato de deputado federal cassado pela Corte Eleitoral em maio deste ano. Os ministros concluíram, na quinta-feira (14), um recurso da defesa de Deltan contra a cassação. Ainda cabe recurso ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Deltan teve o mandato cassado em ação iniciada pela Federação Brasil Esperança no Paraná (PT, PCdoB e PV) sob a alegação de que o político infringiu regras da Lei da Ficha Limpa. Isso porque ele deixou o Ministério Público Federal (MPF), onde atuava como procurador, respondendo a 16 reclamações disciplinares. A lei torna inelegíveis integrantes do MPF que forem exonerados com processos disciplinares pendentes.
Na quarta-feira (13), véspera do fim do julgamento realizado no plenário virtual, os ministros do TSE já tinham formado maioria para rejeitar o recurso de Deltan. No mesmo dia, o ex-deputado publicou uma foto com o rosto machucado e fez mistério aos seguidores, no Instagram, questionando: "O que você acha que aconteceu comigo hoje?".
Em seguida, ele contou que caiu enquanto levava a filha de bicicleta à escola. Apesar disso, seguidores enviaram respostas irônicas a Deltan. "Levou uma surra do Supremo", sugeriu um, recebendo como resposta do ex-deputado: "Olha, isso eu não posso dizer que não seja verdade".
Deltan também recebeu comentários de desaprovação e ofensas políticas, e rebateu com a seguinte mensagem: "Esses são alguns dos inúmeros exemplos de respostas violentas que aconteceram. Isso prova como o outro lado, muitas vezes, finge ter valores que não possui. esses são os autoritários, violentos e antidemocráticos".
Fonte: O Tempo