A expansão da cidade muda a configuração dos estabelecimentos comerciais e aquece o setor de aluguéis. Segundo o delegado regional do Conselho de Corretores de Imóveis, Luís Fernando Batistuta, o mercado apresentou alta por causa da crescente demanda. Com isso, os interessados encontram dificuldades em localizar um ponto, principalmente no centro da cidade.
De acordo com o delegado, as pessoas têm preferência por residências e assim transformá-las em pontos comerciais. “As pessoas que moram em avenidas, como a Santos Dumont, Guilherme Ferreira e Leopoldino de Oliveira, estão se mudando para condomínios fechados. A opção por esse tipo de moradia tornou-se uma necessidade para as pessoas que buscam viver com mais segurança. Com isso, os imóveis desocupados estão sendo locados e transformados em pontos comerciais”, destaca.
Sobre o anúncio da construção de prédios comerciais no novo shopping, o delegado se mostra temeroso devido ao perfil da cidade. Segundo ele, o padrão dos uberabenses pode ser alterado com a introdução das grandes indústrias, como a Petrobras. “A tradição na cidade são os pontos comerciais. Os prédios não têm tanta saída. Nós temos prédios novos em Uberaba, mas as pessoas gostam de transformar as residências em pontos comerciais. Com a introdução das novas empresas, porém, esse perfil pode mudar. As pessoas estão apostando, com pesquisas”, observa Luís Fernando.
O delegado lembra que, antigamente, os estabelecimentos comerciais estavam concentrados na região central. Contudo, houve expansão para os bairros.
Conforme aponta a Câmara de Dirigentes Lojistas de Uberaba, de alguns anos para cá houve um alargamento no comércio entre os bairros, criando-se os corredores comerciais. Ou seja, os estabelecimentos não estão mais isolados. Essa tendência é verificada nas principais vias dos bairros.
Em Belo Horizonte, por exemplo, o número de imóveis comerciais não está atendendo à crescente demanda. Em um ano, houve crescimento de até 50% na procura por conjuntos de salas e andares corridos.