A participação do agro é de 40,3% de todos os produtos exportados no estado de Minas Gerais, segundo divulgou o Sistema Faemg Senar
Presidente do Sistema Faemg Senar, Antônio de Salvo, durante entrevista coletiva em que divulgou os números do agro mineiro de 2024 (Foto/Divulgação)
As exportações do agronegócio mineiro registraram aumento de 17,8% em 2024, atingindo US$14,17 bilhões até outubro. Esses resultados refletem a elevada competitividade e qualidade dos produtos de Minas Gerais, bem como uma crescente demanda internacional, que impulsionou o incremento de 10,9% no volume exportado. Os produtos mineiros conquistaram mercados em 169 países, consolidando o estado como referência no cenário global. A participação do agronegócio nas exportações totais de Minas atingiu 40,3%.
De acordo com o presidente do Sistema Faemg Senar, Antônio de Salvo, esse resultado é fruto da dedicação dos produtores rurais, de estratégias que unem assistência técnica, capacitação, investimento em tecnologia e pesquisa, além da qualidade e diversidade dos produtos mineiros. “Mesmo diante de desafios, o setor demonstrou seu compromisso com a segurança alimentar mundial, consolidando Minas Gerais como referência em competitividade global e sustentabilidade no campo”, afirmou.
O complexo cafeeiro liderou as exportações, representando 43,7% do total. Em seguida, o complexo soja (22,1%), o setor sucroenergético (14,3%), as carnes (8,9%) – incluindo bovinos, aves, suínos e derivados – e produtos florestais, como celulose, madeira e papel (6,7%). “Seguimos gerando divisas para a economia, que se transformam em desenvolvimento, saúde, segurança para toda a população”, concluiu o presidente.
Com um Valor Bruto da Produção (VBP) estimado em R$150,33 bilhões e crescimento de 7,6% em relação a 2023, os setores agrícola e pecuário movimentaram R$95,6 bilhões (67,6%) e R$54,76 bilhões (36,4%), respectivamente. Os principais destaques foram o café (R$36,03 bilhões), a pecuária de leite (R$25,96 bilhões), a soja (R$16,24 bilhões), a pecuária de corte (R$15,66 bilhões) e a cana-de-açúcar (R$11,45 bilhões).
Entre os produtos que apresentaram as maiores variações positivas no VBP, o algodão destacou-se com um crescimento de 101,9% em relação ao ano anterior. Outros destaques incluíram a batata (65%), o café (24,7%), a cebola (33,1%), a laranja (35,2%) e os produtos pecuários, com influências distintas do clima, dos preços no mercado internacional e da dinâmica do mercado interno.
Além disso, houve uma queda significativa nos preços do milho em comparação à safra passada. Em janeiro de 2023, o preço médio da saca de 60kg em Minas Gerais, na região do Triângulo Mineiro, era de R$73,10. Já em janeiro de 2024, esse valor caiu para R$65,07. Ao analisarmos a média geral dos primeiros 10 meses de 2024, o preço foi ainda menor, chegando a R$46,24. Essa queda pode ser atribuída a diversos fatores, incluindo aspectos internos e internacionais do mercado. A exportação também foi afetada, totalizando 30,79 milhões de toneladas de janeiro a outubro de 2024, o que representa uma redução de, aproximadamente, 46% em relação ao mesmo período de 2023, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).