A partir de denúncia feita na Assembleia Legislativa de Minas, onde a Defensoria Pública de Minas Gerais foi citada como tendo as piores condições de trabalho
A partir de denúncia feita na Assembleia Legislativa de Minas, onde a Defensoria Pública de Minas Gerais foi citada como tendo as piores condições de trabalho no país, o Jornal da Manhã foi checar a situação do órgão em Uberaba.
Do coordenador Fabrizio de Moraes Barros Mussolin, a reportagem ouviu que o maior problema é a falta de pessoal administrativo. Aquela representação não conta com nenhum funcionário de seu quadro. Sem alternativa, a defensoria conta com servidores públicos municipais cedidos pela Prefeitura e Câmara Municipal de Uberaba. São três administrativos e duas auxiliares de limpeza.
O número é reduzido, levando os defensores a consumir parte do seu tempo na execução de tarefas administrativas, como redação de cartinhas para pessoas assistidas pelo órgão e outras.
Quanto ao quadro de defensores, atualmente eles são quinze, número considerado por Fabrizio como reduzido em razão do volume de serviço.
Além da falta de pessoal para tarefas internas, os integrantes da Defensoria Pública Estadual continuam enfrentando outros problemas, como a questão salarial. Afinal, eles recebem os piores salários do Brasil, se comparados com seus colegas de outros estados, o que gera evasão frequente.
Conforme dados divulgados pela Associação dos Defensores Públicos de Minas Gerais (Adep), a cada doze dias um defensor se demite por questões salariais, e com isso eles vão escasseando em cidades importantes.
A mesma entidade vem divulgando um diagnóstico feito pelo Ministério da Justiça, apontando que a Defensoria de Minas está próxima de entrar em colapso, justamente em razão do reduzido número de defensores no estado.