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Fome e sede fazem violência explodir em Porto Príncipe

Quatro dias após o terremoto que destruiu a capital haitiana, a sede e a fome empurraram a população para a violência. Os últimos dias foram marcados por inúmeros saques

Publicado em 17/01/2010 às 17:44Atualizado em 17/12/2022 às 05:50
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Quatro dias após o terremoto que destruiu a capital haitiana, a sede e a fome empurraram a população para a violência. Os últimos dias foram  marcados por inúmeros saques a mercados ou a qualquer lugar onde se pode encontrar água potável ou comida. Em meio a um cenário desolador, que remete a uma situação de guerra, a população continua nas ruas, pedindo por socorro.

A insegurança é total. No centro da cidade a população se enfrenta para buscar comida soterrada pelos escombros de supermercados que ruíram com o terremoto de terça-feira,  que atingiu 7 pontos de magnitude. Gangues começaram a atacar pessoas que estavam nos acampamentos formados em vários pontos descampados e praças de Porto Príncipe.

Houve ação militar para segurança na região portuária, no centro e em Bel-Air, bairro mais destruído pelo terremoto, mas não foi suficiente para conter os saques. Um armazém do Programa Mundial de Alimentos da Organização das Nações Unidas (ONU) foi atacado.

Na área mais afetada, Bel-Air, muitos corpos ainda estão nas ruas, e o trabalho de remoção dos escombros ainda não começou a ser feito. Há corpos amontoados em vários pontos da capital. Com o passar das horas, o estado de putrefação avança e o mau cheiro aumenta, misturado com a poeira.

Ao se aproximarem dos escombros do hospital de três andares onde ela trabalhava, puderam ouvir seus gritos e iniciaram com as mãos a retirada do entulho. O trabalho durou quase três horas até que a enfermeira foi resgatada.

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