O índice médio de inadimplência nas escolas e universidades particulares de Uberaba é de 20%. E, em fevereiro e março, a falta de pagamento das mensalidades chega a atingir 25% dos estudantes matriculados. A revelação é feita pela presidente do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Triângulo Mineiro, Átila Rodrigues.
Segundo a dirigente sindical, o segundo e terceiro meses do ano são os mais difíceis para o cumprimento dos compromissos financeiros, porque é justamente neles que ocorrem os acúmulos de contas. “Além dos impostos que, desde janeiro, vêm comprometendo a saúde financeira dos chefes de famílias, geralmente eles já estão com dívidas referentes aos meses anteriores”, ressalta.
“E, com a somatória do valor anterior com o da mensalidade atual, tornam-se inviáveis as suas contabilidades e, consequentemente, as confirmações dos pagamentos. É uma bola de neve que estoura em fevereiro e/ou março”, completa.
Ainda de acordo com Átila, estes percentuais prevalecem desde a Educação Infantil até o Ensino Superior. “É uma realidade e não há muitas saídas para as instituições de ensino, pois elas não podem punir os alunos nesta situação. O que recomendamos às escolas e universidades é que não deixem os valores das dívidas acumularem, para que as cobranças sejam feitas”, explica.
“Após o vencimento da mensalidade, a direção do colégio ou da instituição de Ensino Superior pode encaminhar a cobrança ao contratante, pedindo que ele quite o débito. É importante este contato e esta tentativa. Se o contrato autorizar, 30 dias depois do vencimento pode ser solicitado junto ao Serviço de Proteção ao Crédito que o contratante seja inserido nele”, garante.
E a chegada do final do ano preocupa Átila, pois o reajuste das mensalidades em até 10%, deve fazer novos inadimplentes neste setor. “Não temos perspectivas de grandes mudanças nesta realidade”, finaliza.