Profissionais uberabenses que militam no Judiciário estão divididos quanto ao novo sistema de numeração de processos
Profissionais uberabenses que militam no Judiciário estão divididos quanto ao novo sistema de numeração de processos. Se a novidade agrada aos advogados, o mesmo não ocorre com os serventuários, especialmente os que trabalham nas congestionadas secretarias judiciais.
O novo sistema de numeração entra em vigor a partir de janeiro, mas no Fórum Melo Viana as ações protocoladas durante o recesso de fim de ano estão recebendo a nova numeração. Por sua vez, os processos já existentes agora têm dois números. Ganhou novo número, porém segue tramitando sem perder a numeração anterior, o que deve dificultar o trabalho nas secretarias, como pude constatar na tarde de ontem ouvindo servidores, que pedem para ficar no anonimato.
Todos já sentem a mudança, mas oficialmente ninguém recebeu qualquer comunicado oficial a respeito, pelo menos na representação da Justiça comum em Uberaba.
A iniciativa partiu do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), sendo certo que teve peso decisivo a vontade dos advogados que representam a OAB naquele órgão de controle do Judiciário. Por determinação do CNJ, a partir de janeiro os processos no Judiciário em todo país devem seguir a numeração padrão criada pelo próprio Conselho.
A ideia é fazer o básic com que varas, Tribunais de Justiça, Tribunais Regionais Federais e Tribunais Superiores consigam trocar informações entre si sobre os processos. Hoje, cada um tem a sua própria forma de enumerar as ações. Trata-se de um arquipélago. Outro objetivo é facilitar a análise da atuação de juízes, a produção de estatísticas sobre o Judiciário e mapear as ações.