Encerrada a fase de audiências em Uberaba num dos poucos processos contra acusados presos como assaltantes de ônibus em estradas da região. Foi na 1ª Vara Criminal, em ação penal, com origem em assalto praticado em janeiro de 2009 na BR-153, próximo a cidade de Campo Florido. Na época, um dos assaltantes foi preso em flagrante, enquanto outros dois foram presos posteriormente.
Ontem, o juiz Ricardo Cavalcante Motta ouviu os réus Eder Vanis Rodrigues da Silva e Rafael Chaves Silva, este último também conhecido como “Cride” ou “Negrete”. O primeiro acusado negou que tivesse participado do assalto, chegando a declarar que a confissão na fase policial foi consequência de ter sido torturado. Eder foi preso em sua casa na manhã seguinte ao assalto, sem que nada do que foi roubado estava em poder do mesmo.
Por outro lado, ele declarou em juízo que já foi preso na cidade de Prata por tentativa de homicídio.
Já no interrogatório do acusado Rafael Chaves que se apresentou como sendo motorista, o mesmo declarou ao juiz que não participou do assalto, ficando dentro do carro junto com o criminoso “Gustavo Paulista”, que seria o mentor de tudo. Era Rafael quem dirigia um dos dois veículos usados durante a empreitada criminosa. Ele conduzia o Pálio, tendo declarado ontem que não sabia que Gustavo iria praticar o assalto, embora estivesse com um revólver calibre 38 e uma espingarda calibre 12.
Ainda como se vê, no interrogatório de Rafael o mesmo afirmou que “apenas dirigia o Pálio de modo a possibilitar o exercício do crime” e que receberia R$ 500 pelo “apoio”.
Para evitar que os réus sejam soltos por excesso de prazo, o juiz Motta decidiu, ontem, desmembrar o processo em relação ao réu Euclides Chaves, atualmente preso na cidade de Prata.
Consta na denúncia da promotoria criminal, que dois motoristas de ônibus que seguiam em comboio, foram obrigados a seguir os veículos dos assaltantes por cerca de 20 quilômetros pela rodovia, entrando por uma estrada vicinal onde ficaram estacionados. Naquela oportunidade estava em andamento uma operação preventiva realizada por agentes da Polícia Civil e da Polícia Federal, visando coibir assaltos na região quando perceberam a movimentação suspeita. Com a aproximação da polícia houve troca de tiros bem como a fuga de alguns envolvidos, dentre eles “Gustavo Paulista” até hoje não localizado, nem identificado.