Metapneumovírus, dengue e outras: as doenças que desafiam a saúde pública em 2025

O ano de 2025 mal começou, e novos desafios relacionados à saúde já surgiram. Após a pandemia global de Covid-19, especialistas estão ainda mais atentos a novas ou velhas enfermidades. Veja agora um levantamento das doenças que têm preocupado a população.

Norovírus

Conhecido como um dos grandes vilões dos cruzeiros, o norovírus é um dos principais causadores de infecções nas viagens marítimas. O primeiro registro no Brasil ocorreu há mais de 16 anos, quando 350 turistas que viajavam no navio MSC Sinfonia passaram mal. Recentemente, um navio de cruzeiro de luxo enfrentou um surto de Doença Diarreica Aguda (DDA), após 127 passageiros testarem positivo para o norovírus. A doença faz parte de um grupo conhecido como gastroenterite e, normalmente, é transmitida por via fecal-oral.

Veja abaixo alguns sintomas:

Metapneumovírus humano (HMPV)

O metapneumovírus humano (HMPV) é um vírus respiratório que causa infecções nas vias respiratórias superiores e inferiores. Foi identificado pela primeira vez no Brasil em 2004. Desde então, o vírus tem sido monitorado como parte das atividades de vigilância epidemiológica do Ministério da Saúde, que incluem a coleta e análise de dados sobre doenças respiratórias. É um vírus conhecido mundialmente e comum em casos de síndrome gripal (casos leves), podendo eventualmente evoluir para síndrome respiratória aguda grave, que requer internação. Nos últimos meses, a doença voltou aos holofotes após um surto na China.

O país asiático tem registrado infecções respiratórias, especialmente entre crianças, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a demonstrar preocupação e iniciar o monitoramento dos casos. Abaixo, alguns sintomas do HMPV: febre; tosse; congestão nasal; respiração ofegante. Nos casos graves, os pacientes podem evoluir para quadros de pneumonia. O agravamento é mais comum em idosos, crianças e pessoas com comorbidades, que podem apresentar os seguintes sintomas:

Dengue

Calor e água: essa é a combinação que, normalmente, resulta na proliferação da dengue. Por isso, todos os verões o alerta é acionado em várias partes do Brasil. De acordo com o Conselho Federal de Enfermagem, o número de casos da doença causada pelo Aedes aegypti aumentou 400% em 2024, em comparação com o ano anterior. O Brasil registrou 6,5 milhões de casos prováveis de dengue até 7 de outubro de 2024, segundo o Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde.

Durante o período, foram mais de 5,5 mil mortes. Por isso, a população deve ficar atenta aos sintomas: febre alta; dor no corpo; dor atrás dos olhos; fraqueza; dores nas articulações. Nos casos graves, a doença pode se manifestar da seguinte forma: sangramentos; dor abdominal intensa; vômitos persistentes; outras complicações, como o choque.

Febre oropouche

A febre oropouche é transmitida pelo mosquito-pólvora ou maruim (Culicoides paraensis). Até a primeira quinzena de 2025, o Espírito Santo concentrava 99% dos casos registrados no Brasil. Nas duas primeiras semanas do ano, foram notificados 893 casos da doença no país, sendo 886 no Espírito Santo.

De hábitos diurnos e vespertinos, o maruim é menor (até 1,5 milímetro) que o Culex quinquefasciatus (o mosquito comum, que mede até 4 mm). Outra característica é sua coloração mais escura e as manchas circulares nas asas. A comunidade científica não o classifica como mosquito, mas como um díptero (insetos da ordem dos mosquitos e moscas) pertencente à família Ceratopogonidae.

Os sintomas da febre oropouche são semelhantes aos da dengue:

A Mpox

A Mpox é uma doença viral causada pelo vírus MPXV, que pode desenvolver sintomas leves ou graves, levando até mesmo à morte. A transmissão ocorre por meio do contato com a pele ou mucosas de pessoas infectadas. A prevenção inclui evitar contato com lesões, higienização das mãos com água e sabão ou álcool em gel, e não compartilhar roupas de cama ou objetos pessoais como copos, talheres e brinquedos sexuais. No final de 2024, a Organização Mundial da Saúde (OMS) aprovou a primeira vacina para uso emergencial em crianças.

Abaixo, alguns sintomas:

Fonte: O Tempo.