Minas Gerais é um dos estados com maior incidência de raios no Brasil, sobretudo durante o período chuvoso. Em contato com a reportagem do Jornal da Manhã, a Cemig explicou que as características geográficas e meteorológicas aumentam a incidência de descarga atmosférica e ventanias, que podem ocasionar não somente quedas de árvores, mas outros acidentes que podem resultar na falta de abastecimento de energia elétrica.
Segundo a área especializada de meteorologia da Cemig, apenas em 2023 foram contabilizados mais de 2 milhões de descargas atmosféricas em Minas, representando um índice de 150% maior do que o registrado no ano anterior. Ainda de acordo com a concessionária, as regiões mais atingidas são: Sul de Minas, Zona da Mata e Região Metropolitana de Belo Horizonte. “Estes locais estão sob o efeito de fenômeno meteorológicos como frentes frias e linhas de instabilidade com maior frequência das demais”, explicam.
Esses fenômenos provocam chuvas fortes de curta duração, mas que podem causar alagamento – o que se agravam dependendo do relevo e da posição geográfica de cada município. Conforme dados do Wikipedia, Uberaba faz parte do Planalto Arenítico Basáltico da Bacia do Paraná. O relevo varia de plano ligeiramente ondulado na maioria absoluta de área do município, até fortemente ondulado em pequenas manchas de solos podzólicos. Seu relevo é 60% ondulado e apenas 40% plano, tendo uma atitude média de cerca de 823 metros.
Alagamento e acidentes
É importante ressaltar, ainda, que o Oceano Atlântico é um fornecedor de umidade para o Sul de Minas e Zona da Mata, proporcionando a formação mais frequentes de nuvens de chuva. Por isso, o engenheiro da Cemig, Demétrio Aguiar, orienta as pessoas evitarem a região central, durante o período de chuva, e jamais ficar debaixo de árvores ou postes, pois podem ser eletrocutadas. E em momento nenhum chegar perto de fio partido, quando ocorrer quedas de árvores ou lançar objeto em direção aos cabos. “A pessoa tem que se manter em lugar seguro, porque o raio pode provocar queimadura gravíssimas e pode provocar parada cardiorrespiratória, em decorrência da forte descarga elétrica”.