Deputada Julia Zanatta (PL-SC) lançou abaixo-assinado contra o Drex, dinheiro virtual do Banco Central (Foto: Zeca Ribeiro)
BRASÍLIA - Parlamentares da oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lançaram um abaixo-assinado contra a implementação do Drex, moeda digital criada pelo Banco Central.
O dinheiro virtual, que elaborado na gestão do ex-presidente do BC Roberto Campos Neto, indicado pelo então presidente Jair Bolsonaro, deve ser lançado neste ano, mas já enfrenta ataques e disseminação de notícias falsas.
A deputada Julia Zanatta (PL-SC), à frente do movimento, afirma que o governo Lula quer monitorar as movimentações financeiras dos brasileiros por meio do Drex.
Além do abaixo-assinado, Zanatta é autora de um projeto de lei que “proíbe a extinção do papel moeda em substituição à moeda digital”. O Banco Central já informou que não há nenhuma possibilidade de extinção da emissão de dinheiro vivo.
O real digital ainda está em fase de testes e não tem data definida para ser lançado. A verdade é que, para a maioria dos brasileiros, nada muda com a criação do Drex. Entenda como vai funcionar:
O que é o Drex?
O Drex é o real em formato digital, emitido em plataforma digital operada pelo Banco Central (BC), por isso é uma CBDC (moeda digital de banco central). De acordo com o Banco Central, o Drex vai democratizar o acesso aos benefícios da economia digital, trazendo mais eficiência e segurança para as transações financeiras. Além disso, vai permitir vários tipos de transações financeiras com ativos digitais e contratos inteligentes.
Para ter acesso à Plataforma Drex, você precisará de um intermediário financeiro autorizado, como um banco. Esse intermediário fará a transferência do seu dinheiro depositado em conta para sua carteira digital do Drex, para que você possa realizar transações com ativos digitais com total segurança.
“Se você for comprar um carro, pode ficar com receio de pagar e o vendedor não passar a propriedade do veículo. Com o Drex, não importa quem vai fazer o primeiro movimento, pois o contrato só será concluído quando ambos acontecerem. Assim, o dinheiro e a propriedade do carro serão transferidos de forma simultânea e condicionada. Se uma das partes falhar, o dinheiro e o carro permanecem com seus respectivos donos”, exemplifica o BC.
Fonte/O Tempo