"OI GENTE, CHEGUEI!"

Podcaster Déia Freitas, do Não Inviabilize, presenteia seus funcionários com imóveis de R$ 230 mil

Segundo ela, não faz sentido “acumular dinheiro” e cada um dos cinco colaboradores pôde escolher onde iria comprar seu imóvel

O Tempo/Rodrigo Oliveira
Publicado em 26/07/2024 às 15:35
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Déia Freitas (segurando gato, chamado de coentro-Nenê), com sua equipe (Foto/Instagram @naoinviabilize/Reprodução)

“Oi gente, cheguei!”. Os fãs de podcasts provavelmente reconhecem o famoso bordão do Não Inviabilize, programa em que a contadora de histórias Déia Freitas compartilha casos de ouvintes e suas próprias experiências. “Classe C” assumida, ela rejeita o rótulo de influencer - apesar dos milhões de ouvintes que acumula - e faz questão de valorizar sua equipe de funcionários. No final do ano passado ela bancou uma viagem deles à Europa e, nesta quinta-feira (25), anunciou em sua conta no X (antigo Twitter) que cada um ganharia um apartamento de dois quartos. 

“Bom, é com uma emoção enorme que eu venho aqui compartilhar uma coisinha com vocês. Consegui bater mais uma meta pessoal, dei apartamento de dois quartos para os meus cinco funcionários! Cada um escolheu o seu onde quis, do jeitinho que quis e eu fui lá e quitei”, escreveu em sua rede social. 

Em entrevista ao O TEMPO, Déia conta que cada um ganhou R$ 230 mil para comprar seu imóvel do jeito que quisesse e no local onde bem entendesse - foram dois na capital paulista, um em Sorocaba (interior de SP), outro em Brasília e um no Rio de Janeiro. Segundo ela, o valor foi economizado nos últimos três anos. 

“Eu tinha um dinheiro aplicado e fiz as contas para ver se dava para comprar apartamento para todo mundo. Só fiz o anúncio quando todo mundo já tava com a escritura na mão. Quem conseguiu comprar por menos recebeu a diferença em dinheiro. Quem escolheu um apartamento mais caro completou a diferença. O valor era igual para todo mundo”, afirma. 

Igualdade, aliás, é uma palavra constante no vocabulário da podcaster. Em seus programas ou lives nas redes sociais, ela faz questão de afirmar que faz parte da classe trabalhadora e que o “acúmulo financeiro” não faz sentido algum para ela. 

“Costumo brincar que a minha religião é o comunismo. Eu realmente acredito na distribuição de renda. Já tenho minha casa, consigo viajar e comprar minhas coisinhas. Não preciso mais do que isso. Já imaginou eu morando em uma mansão e meus funcionários pagando aluguel? Não acredito nisso”, salienta. 

Parte da motivação de Déia para presentear os funcionários também surgiu após uma realização pessoal. No fim do ano passado ela conseguiu comprar um terreno, onde pretende construir um lar para ela, sua prima Janaína (sempre citada nos programas) e seus pets. Defensora dos animais, ela é tutora de quatro cachorros e seis gatos - incluindo o Coentro Nenê, felino que se tornou uma espécie de "mascote" do projeto. 

“Eu já morava em residência própria, mas era uma casa de herança, deixada pela minha avó materna. Como sempre vivemos no aperto, nunca tivemos grana para arrumar a documentação e vender a casa. Agora, pretendemos regularizar a situação dos herdeiros”, diz. 

A família de Déia, aliás, também entrará nesse pacote da “divisão dos lucros” tão defendido por ela. Ela já anunciou que está em seus planos para o futuro comprar um terreno para construir apartamentos para seus parentes. “Não tenho grandes ambições. Muita gente me chama de otária, fala que eu fiz empréstimo para bancar essas coisas, o que é um absurdo. É claro que se eu ganhasse três salários mínimos não conseguiria fazer nada disso. Meus projetos acompanham os meus rendimentos”, garante. 

Império das histórias

Quem acusa Déia de pegar dinheiro emprestado para comprar apartamentos para seus funcionários certamente não conhece a dimensão dela no mundo digital. Voltado para a contação de histórias, o Não Inviabilize afirma ser "o maior podcast do Brasil em sua categoria" em seu site oficial. São mais de 2 milhões de ouvintes e 250 milhões de plays por mês nas histórias divulgadas por Déia. 

Além das parcerias publicitárias, a receita do podcast conta com o pagamento dos milhares de assinantes, que possuem acesso exclusivo à contação de histórias sem edição ou ‘publi”. A assinatura mensal custa R$ 15, mas Déia deve lançar em breve uma versão “premium”, em que as pessoas terão acesso a um número maior de histórias. Ela ainda tem uma parceria com a Amazon Music, onde apresenta com exclusividade o podcast Histórias da Firma - no qual conta histórias inusitadas relacionadas ao universo corporativo. 

Depois de ter bancado a viagem dos funcionários para a Europa no fim do ano passado, sem acompanhar o grupo, Déia prometeu que o próximo tour internacional da equipe será para Punta Cana, na República Dominicana. 

“Isso é algo gigante na minha vida, jamais imaginei que chegaria nesse ponto e chegamos todos juntos, então nada mais justo do que todo mundo colher os frutos, crescer, prosperar etc”, escreveu Déia no X.

Fonte: O Tempo

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