Internacionalmente, os 'porquinhos' são usados para guardar dinheiro em casa
Não é incomum ver cofres - ou cofrinhos - caseiros em formato de porcos cor de rosa, de diversos tamanhos e materiais. A tradição dos 'porquinhos' é internacional e longe de ser novidade. Ela remonta o século XV e a cultura dos Saxões. Entenda:
Por que os cofrinhos são porcos?
Antigamente, há mais de 600 anos, um dos materiais mais disponíveis às classes mais baixas era o barro e a argila, que, e inglês, era chamada de "pygg" (pronúncia: pug). Muitos potes, pratos e copos eram feitas desse material, muito mais abundante que o metal.
Quando sobrava uma moeda ou outra, as pessoas jogavam nesses potes de argila, para guardá-las. A questão é que, no tempo dos Saxões, as vogais na língua inglesa eram pronunciadas de forma diferente como são hoje, mas, conforme a língua foi evoluindo, o 'y', que soava como um 'u', foi, lentamente, ganhando o som da letra 'i'.
Por isso, o 'pygg', que antes se pronunciava 'pug', foi ficando cada vez mais parecido com a palavra 'pig', que, em inglês, significa 'porco'.
Como as duas palavras eram pronunciadas da mesma forma, os fabricantes dos potes de barro, argila ou cerâmica começaram a esculpir alguns em formato de porcos, para brincar com a similaridade entre os termos. À medida que isso foi se tornando cada vez mais popular, os clientes passaram a pedir para que seus 'pyggs' fossem confeccionados em formatos de 'pigs', ou seja, porcos.
Já no século XIX, os porcos confeccionados pelos ceramistas ingleses eram muito comuns para as pessoas guardarem seu dinheiro, e a tradição foi passando, culturalmente, para outros locais. Até hoje, se usam porquinhos em casa para estimular a economia ao redor do mundo, inclusive, no Brasil.
Fonte: O Tempo.