Profissionais do magistério estadual têm dia decisivo hoje na Assembleia Legislativa sobre o reajuste da categoria. Após duas sessões tumultuadas na última sexta-feira, 25, contabilizando protestos ruidosos nas galerias, a “pressão” será intensificada nos parlamentares da base aliada. Afirmação é da professora uberabense Maria Helena Gabriel que integra a coordenação estadual do Sind-UTE.
No sábado, a educadora participou de reunião em Uberlândia para definir estratégias para votação de hoje. “Não concordamos com o projeto posto pela Secretaria de Educação, pois estão passando o trator em nossos direitos”, avaliou. O governo pretende retirar benefícios e vantagens adquiridas como quinquênios e biênios.
Segundo ela, isso abre grande precedente para achatamento salarial. O endurecimento da base aliada foi constatado na derrubada das 51 emendas propostas pelo bloco de oposição na sexta-feira.
Em contrapartida, o plenário derrubou proposta governista de passar de janeiro para março de 2011 o início da vigência do reajuste que pode atingir um mínimo de 5%.
O texto prevê que os servidores sejam posicionados nas tabelas de vencimento correspondentes à carga horária da função exercida. O professor contratado para 24 horas está previsto subsídio de R$1.122,00 e os profissionais com nível médio e habilitação em magistério, R$1.320.
Já os que possuem curso superior ou licenciatura em pedagogia, o reajuste passa para R$1.650,00 em 30 horas semanais. A presidente do Sind-UTE, Sônia Regina Monte, informou não ser possível ampla mobilização regional devido à reposição acordada com o governo do Estado. A votação será acompanhada pela televisão e por telefone com os representantes estaduais.