Bebidas alcoólicas falsificadas representam riscos sérios para a saúde (Foto/Reprodução/Freepik)
A Polícia Militar fechou uma fábrica clandestina de Uísque neste domingo (29 de setembro) em Ribeirão das Neves, na grande BH. O homem responsável pelo local foi preso e confessou que aprendeu a produzir as bebidas pela internet.
Os produtos que continham lacres de marcas famosas e selos falsos eram vendidos no comércio local e divulgados nas redes sociais.
Segundo artigo científico publicado pelo CISA (Centro de Informações sobre Saúde e Álcool), o consumo de bebidas ilegais e não registradas representam riscos para a saúde humana, já que esses produtos não são fiscalizados e podem não seguir os padrões de qualidade estabelecidos pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
A composição dessas bebidas podem conter substâncias tóxicas, como o metanol, que aumentam o lucro e a produtividade dos produtos falsos.
"O consumo de metanol pode causar graves problemas de saúde, incluindo dores de cabeça intensas, problemas de visão, cegueira, fraqueza muscular e tontura, podendo levar até à morte", afirma artigo do CISA.
O máximo de metanol permitido nos destilados pela legislação brasileira é 20,0 mg/mL de álcool anidro. Outros resíduos prejudiciais, como fermentos, aditivos e aromatizantes, também podem ser adicionados na composição em quantidades que não são recomendáveis.
"Entre 2017-2019, foram notificadas aproximadamente 7.104 pessoas intoxicadas e mais de 1.888 mortes e 306 surtos registrados de envenenamento por metanol no mundo, com mais de 90% tendo ocorrido na Ásia. As principais vítimas eram homens jovens", alerta o centro de informações.
O artigo também lista recomendações importantes que podem ajudar consumidores a identificar bebidas falsas.
Veja abaixo:
Fonte: O Tempo