GERAL

Testemunhas confirmam que vereador exigia parte de salários de servidores

Encerrada a fase de audiências no processo em que Jorge Ferreira (PMN) é acusado de exigir parte do salário dos servidores

Gislene Martins
gislene@jmonline.com.br
Publicado em 26/03/2010 às 09:58Atualizado em 20/12/2022 às 07:26
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Encerrada a fase de audiências no processo em que o vereador Jorge Ferreira (PMN) é acusado de exigir parte do salário de servidores municipais lotados na Câmara Municipal de Uberaba. Jorge preferiu não comparecer à reunião da tarde de ontem na 5ª Vara Cível de Uberaba, sem prejuízo para o processo. Afinal, o promotor autor da ação civil pública contra o vereador não pediu seu depoimento pessoal.

A surpresa ficou para completa ausência de testemunhas de defesa. Nenhuma foi arrolada, contra oito testemunhas de acusação. Por sua vez, o promotor José Carlos Fernandes Júnior entendeu que bastavam os cinco primeiros depoimentos prestados pelas testemunhas arroladas por ele no processo que apura ato de improbidade administrativa. Todas as testemunhas incriminaram Jorge Ferreira, repetindo o que já tinham declarado durante a investigação realizada na promotoria especializada de Defesa do Patrimônio Público.

O pedreiro Jairo Celso Caetano reafirmou que durante o tempo em que esteve lotado no Legislativo uberabense como assessor parlamentar entregou todo salário ao vereador, ficando apenas com o “vale-refeição”, no valor de R$ 300.

Por sua vez, a testemunha Daiana Fernandes Pereira, atualmente desempregada, declarou que repassava R$ 800 do seu salário mensal, ficando com outros R$ 500, mais o vale-refeição.

Já a autônoma Patrícia Camargo Monfre, que trabalhou na Câmara Municipal como chefe-de-gabinete do vereador, disse que tinha salário bruto R$ 4 mil, repassando R$ 1,4 mil ao vereador.

Também ouvida como testemunha, a jornalista Regiane de Cássia Roque apenas confirmou o conteúdo do depoimento prestado na promotoria, o mesmo ocorrendo em relação ao jornalista Gleibe Terra Júnior.

O promotor Fernandes deixou a sala de audiência certo da comprovação da conduta criminosa do vereador. Embora Jorge não tenha comparecido, seus advogados – Gilberto Ribeiro Ferreira Júnior e Ricardo Cecílio Resende – estiveram participando da audiência, chegando a pedir a contradita das testemunhas Jairo, Daiane e Patrícia. Entretanto, o juiz Timóteo Yagura não acatou o pedido para que elas fossem impedidas de depor, quando os advogados anteciparam que vão recorrer contra decisão do magistrado.

Independente da questão, o juiz fixou prazos para os procedimentos que restam até a sentença, incluindo a apresentação de alegações finais da promotoria e do requerido.

Com o processo, Fernandes tenta obter o ressarcimento dos valores que teriam sido repassados ao vereador, entre outras punições a serem aplicadas como pagamento de multa e suspensão dos direitos políticos de Jorge Ferreira. Por sua vez, a defesa nega os fatos apontadas pelo representante do Ministério Público, citando a absolvição do mesmo quando de julgamento na Câmara Municipal.

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