Vacina contra a febre amarela é disponibilizada pelo SUS. (Foto/Rovena Rosa/Agência Brasil)
A prefeitura de Timóteo, no Vale do Aço, registrou um caso suspeito de febre amarela nesta semana. O paciente é um trabalhador rural, que trabalha próximo a uma área de mata, e apresentou os primeiros sintomas associados à doença no último domingo (02/02). O caso ocorre na mesma semana em que Minas Gerais confirmou o primeiro óbito por febre amarela em 2025, em Extrema, na região Sul.
O paciente de Timóteo apresenta febre, dor abdominal, náuseas e vômitos, segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG). São sintomas compatíveis com outras arboviroses — doenças transmitidas por mosquitos —, por isso a pasta aguarda o resultados dos exames para determinar o diagnóstico oficial. Ele foi vacinado em 2020, de acordo com a prefeitura. Um macaco foi encontrado morto na casa do homem, o que reforçou a suspeita sobre a doença.
Além da morte por febre amarela registrada em Extrema, foi identificado um primata doente na cidade de Toledo, também no Sul. Em 2024, foram dois casos confirmados no Estado.
Vacine-se contra a febre amarela
Hoje, a vacinação insuficiente é um obstáculo no controle da doença. Os dados mais recentes da SES-MG, de janeiro a outubro de 2024, apontam que 86,3% da população estão vacinados contra a febre amarela, abaixo da meta de 95% estipulada pelo Ministério da Saúde. Crianças abaixo de cinco anos tomam duas doses, a primeira aos 9 meses e a segunda aos 4 anos. Acima de cinco anos, a dose é única para quem nunca foi vacinado. Quem só se vacinou abaixo dessa idade, recebe também uma dose de reforço.
Nas cidades, a febre amarela é transmitida pelo Aedes aegypti (o mesmo transmissor da dengue, zika e chikungunya). Em áreas silvestres, é transmitida principalmente pelos mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes. A letalidade da doença varia entre 20% e 50%.
Fonte: O Tempo