Ofertas privadas pela Viatina-19 chegam a R$ 45 milhões (Foto/Reprodução)
A Nelore Viatina-19, reconhecida como a vaca mais cara do mundo em 2023, pode se tornar a primeira bovina a ter acionistas no mercado financeiro. Seus três proprietários estudam transformar o animal em uma empresa, permitindo que investidores adquiram participações, com estimativas de valorização acima de R$ 40 milhões.
Os criadores planejam estruturar um modelo inovador no Brasil, possibilitando que investidores comprem frações da Viatina-19 e obtenham lucros com a comercialização de seu material genético e descendentes. A iniciativa visa atrair o mercado financeiro e fortalecer o agronegócio.
Atualmente, a Viatina-19 pertence à Casa Branca Agropastoril, HRO Nelore (Arandu-SP) e Agropecuária Napemo (Uberaba-MG), onde está localizada. Para preservar sua genética valiosa, a vaca será mantida isolada ao lado de clones, filhas e barrigas de aluguel.
De acordo com o veterinário Heitor Pinheiro Machado, consultor do projeto, a Viatina-19 gera um faturamento médio de R$ 3 milhões por mês com a venda de embriões e sêmen. Seu valor de mercado já supera o da Carina FIV do Kado, uma das Nelores mais premiadas do Brasil, avaliada em R$ 24 milhões.
Nos leilões, filhas da Viatina-19 já foram arrematadas por até R$ 6 milhões, e pelo menos 15 de seus descendentes disputam competições. Além disso, ofertas privadas pela vaca milionária já chegaram a R$ 45 milhões.
Diante desse crescimento, especialistas acreditam que um IPO (oferta pública inicial) da Viatina-19 poderia arrecadar até R$ 100 milhões, abrindo portas para pequenos investidores no setor pecuário.
Em um avanço biotecnológico, o primeiro clone viável da Viatina-19 nasceu há três meses e está saudável, garantindo a perpetuação da linhagem. Além disso, em maio, os proprietários promoveram uma ação beneficente para ajudar vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul, arrecadando R$ 3 milhões em apenas dois dias com a venda de 100 cotas de material genético por R$ 30 mil cada.
Pode interessar: Vaca leiloada em Uberaba se torna a mais cara do mundo