Bombeiros ajudaram na captura de Jeancarlo, que teve flagrante ratificado, enquanto demais envolvidos acabaram liberados
Vítima de assalto quando saia do banco com R$ 30 mil não teve dúvida em apontar o autor do crime, durante audiência no Fórum Melo Viana. Vanderlei Damasceno Resende, 39 anos, gerente administrativo da empresa dona do dinheiro, apontou Jeancarlo Lopes Silva como sendo o elemento que exigiu a sacola com o dinheiro, no momento em que ele deixava o banco HSBC, na tarde de 30 de outubro de 2009.
Na sala de audiência estava o réu Jeancarlo, de 23 anos, e outros três réus no mesmo process Dulcineu Reis de Almeida, Luís Fernando dos Santos Dutra e Thiago da Silva Craveiro.
Conforme a vítima, ele deixava o banco onde foi sacar o dinheiro quando foi surpreendido por Jeancarlo no estacionamento do banco, no centro de Uberaba. De arma em punho, o assaltante teria exigido o dinheiro, feito ameaças e golpeado com coronhada. Em razão das agressões, completou, chegou a ser hospitalizado.
No caso, a vítima teria tentado impedir que o dinheiro fosse levado, jogando a sacola com o dinheiro debaixo de um veículo que estava no estacionamento do banco. Jeancarlo conseguiu pegar a bolsa, mas acabou preso logo depois, por policiais que estariam passando pelo centro da cidade. A totalidade do dinheiro roubado foi recuperada.
Ainda segundo a vítima, o ladrão fugiu a pé, tendo os militares encontrado com ele a chave de um carro Gol estacionado perto do Corpo de Bombeiros, onde estavam outros dois denunciados no processo.
Durante a audiência de sexta-feira última, perante o juiz Ricardo Cavalcante Motta, os acusados Dulcineu, Luís e Thiago voltaram a jurar inocência, repetindo a versão que apresentaram quando do depoimento na Delegacia de Polícia.
Por sua vez, o acusado Jeancarlo, que se negava a falar sobre o crime, confessou ter assaltado Vanderlei, mas inocentou aqueles que a polícia e a promotoria apontam como integrantes de uma mesma quadrilha.
Conforme Jeancarlo, ele estava desempregado, mas prestava pequenos serviços de consertos, após fazer um curso de mecânica. Do réu Tiago, dono do Gol, ele teria recebido algum dinheiro para compra de peças de reparo do veículo. Ainda conforme disse, saiu com o Gol parando o mesmo perto da Rua Governador Valadares, já que não tinha dinheiro para pagar estacionamento. Quando passava no local do assalto, completou, viu Vanderlei guardando um certo montante de dinheiro no malote, quando teve a ideia de roubá-lo e assim o fez. Mas negou estar armado, dizendo desconhecer a origem do revólver apreendido pela polícia. Ele também não soube explicar sobre os vasos com maconha em sua residência.
Na sua versão nada convincente quanto aos fatos, o mesmo réu declarou ter ido ao centro de Uberaba para comprar peças de carro “na avenida Leopoldino com Fidéis Reis”, quando se sabe não haver este tipo de comércio naquela região.
Além do Gol apreendido naquela oportunidade, a polícia também localizou e recolheu um Golf, que também estaria sendo usado para dar apoio à empreitada criminosa.
Quanto aos fatos, todos os réus foram presos, mas o delegado de plantão ratificou apenas a prisão de Jeancarlo, liberando os outros três suspeitos.