Zambelli falou sobre "abandono" e "arrependimento" em entrevista (Foto: Elaine Menke/PL)
BRASÍLIA - A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) destacou que se sente “abandonada” pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e que se arrepende de ter perseguido, com uma arma, um homem em 2022. As declarações da parlamentar foram dadas em entrevista publicada neste domingo (30) pelo jornal Folha de São Paulo.
Questionada sobre a postura de Jair Bolsonaro, Zambelli afirmou que “esperava apoio”. “Desde 2013 eu apoio o Bolsonaro. Antes como ativista, nas causas dele, ajudei na eleição de 2018. Durante todo o governo. Acho que eu fui uma das pessoas mais na linha de frente dentro do Congresso para poder defender o governo, o presidente”, ressaltou.
Depois, ao falar sobre o episódio ocorrido pouco antes das eleições presidenciais de 2022, quando correu atrás de homem após ser provocada no bairro dos Jardins, na zona oeste de São Paulo, a deputada falou em arrependimento. “Devia ter entrado no carro e ido embora, como fazia sempre todas as vezes que tentavam, até hoje, que tentam brigar comigo na rua. Esse dia foi o único dia que eu não saí, infelizmente. Mas me arrependo, deveria ter saído”, detalhou.
Na última terça-feira (25), O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para condenar Zambelli por porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal. A pena é de 5 anos e 3 meses de prisão.
Além disso, a maioria dos 11 ministros também se manifestou a favor da cassação do mandato da parlamentar. Mas isso só pode ocorrer após o trânsito em julgado do processo, ou seja, quando não houver mais possibilidade de recurso no tribunal.
O ministro Kassio Nunes Marques pediu, na segunda-feira (24), vista na ação – mais tempo para análise. No entanto, Cristiano Zanin (na segunda) e Dias Toffoli (a terça) adiantaram seus votos e acompanharam o relator, Gilmar Mendes, a favor da condenação.
Os votos deles se somam aos de Cármen Lúcia, Alexandre de Moraes e Flávio Dino, totalizando seis favoráveis à condenação da parlamentar. Outros cinco ministros ainda vão apresentar seus votos. A análise acontece no plenário virtual, em que os ministros não debatem, apenas registram seus votos.
Fonte / O Tempo