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Gilberto de Andrade Rezende

Minha mãe, com o seu jeito simples, me disse que quando se é novo as diferenças de idades são relevantes entre...

Gilberto Caixeta
gilcaixeta@terra.com.br
Publicado em 05/02/2013 às 09:24Atualizado em 19/12/2022 às 14:53
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Minha mãe, com o seu jeito simples, me disse que quando se é novo as diferenças de idades são relevantes entre fraldas e cuecas. Depois, tudo se nivela na igualdade, e as diferenças retornam na velhice. Creio que seja verdadeiro esse seu paralelo. Com o passar do tempo, as diferenças de idade se diluem, deixam de ser relevantes ou empecilhos para convivência ou até mesmo para relacionamentos amorosos. Diferenças de dez a vinte anos de idade, no início da vida, tornam impossível a convivência em parcerias, para as andanças à noite, para a troca de ideias ou de informações culturais, mas, essa mesma diferença, aos trinta, quarenta ou aos cinquenta anos de idade é nada. Tornamo-nos iguais com as nossas diferenças. Conquanto, sem devaneios etílicos ou filosóficos, a idade nos permite ao longo da vida, aquilo que não nos é permitido inicialmente. Assim, quando ele nasceu, eu nem havia nascido. Fui nascendo ao longo de sua vida, embora as nossas opções fossem outras. Ele é completamente diferente de mim, ainda bem. E eu, dele. Que bom. Mas nada disso importa, senão o carinho que os amigos comuns têm por ele. Ponto. Gostamos dele. Ele é de uma gargalhada inimitável; de um sorriso triste acompanhado de olhares espertos e atenciosos a quem se dirige a ele. Bom companheiro, querido pelos seus e um eterno apaixonado pela cultura. As coisas foram acontecendo em sua vida, quando não, ele as construiu. Dele só ele sabe, com precisão. No que me interessa como seu admirador, é o seu jeito de reconciliar consigo mesmo, com a vida vivida.  Creio que ao comemorar os seus 80 Anos de vida faz-se com gosto.  Nem todos têm a benção de chegar aos 80 Anos assim, com vigor e desejos irreverentes. Aniversariar é sempre especial. Da primeira velinha, que nada se lembra, porque é para o regozijo dos pais, às velinhas que vão se acumulando ao longo da vida, sempre é um dia especial em nossas vidas. Ainda mais quando se é aquariano. A Casa do Folclore guarda recordações de emoções as mais diferentes possíveis, agora aninhará as emoções de seu idealizador. Ele chegou aos 80.  Impossível chegar impunemente. As coisas do mundo nos impedem. Mal sabia que o castigo em infância, que o punham noites adentro ouvindo música, definiria tão bem o seu gosto pela viola, pela catira, pela ópera, enfim pela música de bom gosto. Tão distante de tantos. Gilberto Rezende, com os seus caminhos traçados pelo conjunto vivido tornou-se desde o nascimento o cara da cultura. 9 de fevereiro, todas as homenagens estarão voltadas para ele. Feliz dia de aniversário, Gilberto. Que a sua noite seja esplendorosa ao lado dos familiares e dos amigos queridos. Vivemos mirando a felicidade, a sua ausência nada compensa por isso é preferível a sua gargalhada ao mau humor dos indóceis. Você que é aquariano – eu também sou – dizem que somos românticos, vivemos com os olhos no futuro, mas hoje você estará com o coração e os olhos relembrando essa vida maravilhosamente vivida.

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