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GP DA CHINA

O GP chinês foi mais uma das incríveis corridas desta temporada. A vitória ficou com o alemão Sebastian Vettel, que está se mostrando expert em pistas alagadas...

Reginaldo Baleia Leite
Publicado em 03/08/2018 às 10:18Atualizado em 17/12/2022 às 04:51
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O GP chinês foi mais uma das incríveis corridas desta temporada. A vitória ficou com o alemão Sebastian Vettel, que está se mostrando expert em pistas alagadas. Venceu em Monza, no ano passado, da mesma maneira, de ponta a ponta e debaixo de chuva, além de já ter mostrado serviço na etapa do Japão de 2007, quando uma gracinha de Hamilton acabou com a sua corrida. A chuva se fez presente desde a largada à bandeirada final. E, como sempre, quando há muita água, também sobram ultrapassagens e saídas de pista, toques e batidas. Como foi o caso de Kubica, no Trulli, e a senhora pancada do Sutil, no finalzinho, um belo espetáculo para quem estava na plateia. Temos de tirar o chapéu para esses incríveis pilotos que conseguem ficar duas horas num carro com pouco mais de seiscentos quilos e com oitocentos HPs, naquelas condições. Não é tarefa para qualquer um.   Mesmo quem tem fama de andar bem na chuva penou nessa etapa, como Hamilton e Barrichello. Pelo tanto que errou, o inglesinho nem parecia ser o mesmo, superando até o Nakajima. Nelsinho também disputou palmo a palmo esse quesito. Na verdade, quase todos os pilotos deram uma ou outra escapadinha. Apenas o líder se livrou de uma escorregada. Entretanto, passou apuro em determinado momento. Em plena reta, ele tirou o pé, por ter um carro lento à sua frente, e quase levou uma por trás, do Buemi. Por sorte, o suíço conseguiu tirar um pouco e, assim, bateu de lado e de leve. Sorte é para quem tem e, domingo, ela estava no carro da Red Bull e deu asas ao alemãozinho, que não teve adversários para ameaçá-lo. A turma da Brawn ficou só assistindo à bela apresentação dos pilotos da Red Bull. Button conseguiu o terceiro, e Barrichello, o quarto, sendo superado pelo seu maior rival no momento, Mark Webber, que conseguiu seu melhor resultado na F-1. Webber já tinha pilotado bem naquela loteria da Malásia. Vettel também, na Austrália, até acontecer aquela lambança, no final, com o Kubica. Os pilotos da Brawn continuam na ponta da tabela. A Toyota fez sua pior apresentação de 2009, mas a Williams conseguiu ser, ainda, pior. Sutil mais uma vez deixa escapar um bom resultado, desta vez por seu próprio mérito. Resultado esse que poderia ter aliviado em muito a conta da equipe, no final do ano. Kovalainen, pela primeira vez no ano, terminou uma corrida e, para completar, na frente do número “um” da equipe.   Ao contrário do finlandês, o nosso Massa, mais uma vez, não conseguiu ver aquela bandeira quadriculada no final. Dessa vez, não foi por um erro passional dos italianos. Uma pane elétrica foi o motivo apontado pela equipe. Água e eletricidade não combinam, mas as outras equipes não apresentaram esse tipo de pane e tomaram a mesma água na prova. A situação está mesmo é feia para a turma de Maranello. O Kimi Räikkönen penou durante a corrida inteira. Seu carro sofria de um mal que tem acometido essa F-60: pouca velocidade, equilíbrio e competividade. Terminou em décimo e foi a diversão da turma lá de trás, pois nunca foi tão fácil ultrapassar uma Ferrari. Muita gente já pode se gabar de um dia ter ultrapassado um carro vermelho em um GP.   O mais vergonhoso foi a STR-Ferrari de Buemi andar na frente e terminar nos pontos. A Ferrari tem zero pontos, e a STR, quatro. Inédito e vergonhoso para os italianos uma equipe menor e que paga para correr com os propulsores italianos tendo resultados superiores ao da Machina. Já tem gente falando em abandonar o desenvolvimento da F-60 e partir para o projeto do carro de 2010, como fez Ross Brawn com o Honda do ano passado. Parece-me errado e cedo para isso. Mas, na Ferrari, tudo toma proporções alarmantes quando o time não está bem. Fernando Alonso era o mais leve do grid, seguido dos pilotos da Red Bull. Depois de algumas voltas atrás do carro madrinha, resolveu mudar de estratégia, sendo copiado por Rosberg. Alonso terminaria nos pontos, mas também rodou e perdeu suas chances de marcar pontos. No final, Rosberg tentou andar com pneus intermediários, mas a chuva apertou e suas chances acabaram fora da pista.   O carro da Red Bull é rápido e não tem difusor duplo deck nem kers. No entanto, tem alguns segredinhos que, aos pouco, vão aparecendo. Sua suspensão dianteira é única na categoria e, segundo a Rádio Paddock, Newey dotou o BR5 de um acelerador de ar que também dá mais eficiência à aerodinâmica do carro. Newey é o mestre dos projetistas em atividade. Bastou o regulamento mudar para que a sua mente brilhante fizesse algo a mais. As últimas Williams vencedoras eram dele e as McLaren de 98 até 2005 também foram projetos do mestre. Como o regulamento era mais ou menos o mesmo, todos usavam a receita criada por Newey; apenas a desenvolviam. Agora, como tudo é novo, ele se destaca novamente.   Nesta temporada, há um piloto que tem trabalhado mais que o normal. Normal para o que fora contratado. É o sortudo que pilota aquela bela Mercedona (Safety Car), pois em todas as etapas ele se fez presente. Todas não, se considerarmos a disputa que se deu em Paris, no dia 15 de abril, como a terceira etapa da temporada, pois as grandes equipes tentaram quase tudo para vencer aquela disputa e jogaram pesado. Perderam e, agora, correm atrás do prejuízo. Já na etapa chinesa, McLaren e Renault tinham um difusor pronto nos carros de Hamilton e Alonso. Na verdade, no último dia de teste da pré-temporada em Jerez, a McLaren já tinha o tal aparato pronto, sendo testado no carro de Kovalainen. Espero que esse papo de difusor acabe, de uma vez por todas.          Uma ótima semana a todos!

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