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GP da Hungria

Depois de duas provas sob o domínio da Red Bull agora foi a vez da McLaren vencer depois de um longo jejum, desde o GP da China do ano passado. Quem se ligou na corrida já no final...

Reginaldo Baleia Leite
Publicado em 29/07/2009 às 23:02Atualizado em 17/12/2022 às 05:14
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Depois de duas provas sob o domínio da Red Bull agora foi a vez da McLaren vencer depois de um longo jejum, desde o GP da China do ano passado. Quem se ligou na corrida já no final, pensou estar vendo uma gravação do ano passado, com Hamilton liderando e Räikönem em segundo, numa cena inédita nesta temporada. Essa etapa também serviu para demonstrar que a equipe Brawn está longe do que foi nas primeiras provas do ano, pois mesmo com uma temperatura alta e uma pista travada, seus carros em momento algum do final de semana estiveram bem, nem nos treinos, na classificação ou na corrida.   A corrida começou bem disputada e com o Ice-Man fazendo um Straik na largada, usando como pinos o Hamilton e o Vettel. Como era de se esperar a turma do Kers se deu bem. E quem se deu muito mal na largada, foi o alemãozinho Vettel, da primeira fila caiu para a sétima posição. Alonso disparou na frente, pois estava numa Renault peso pena, com Webber em segundo, seguido do Hamilton, que estava muito rápido e logo achou uma maneira de ultrapassar o australiano, depois da curva do fim do retão, na quinta volta. Ao assumir a segunda posição Lewis estava a mais de três segundos do espanhol e foi baixando esta diferença volta a volta, chegando a menos de um segundo. Na décima segunda volta o espanhol parou para reabastecer e aí começou o final da corrida para ele. Até parece que os franceses pegaram um mecânico da Ferrari emprestado, e depois da troca de uma roda dianteira, que não foi reapertada corretamente, e se soltou na pista, o que custou uma estranha punição dos comissários à equipe Renault, que está proibida de correr na próxima etapa. Estranho, muito estranho! Pois a próxima etapa é na Espanha, já pensou como reagirão os fanáticos hispânicos, podem até querer o dinheiro do ingresso de volta e quem não comprou, que são poucos, não vai comprar. Aí tem!   Voltando à corrida, depois desse ocorrido, o inglesinho da McLaren foi abrindo uma vantagem consistente, quando na vigésima volta Webber e Räikönem pararam, ele já tinha mais de sete segundos. Nessa parada, Webber perdeu a segunda posição para o finlandês, depois de um pit stop a lá Ferrari, desta feita o cara emprestado era o do pirulito da corrida noturna do ano passado. Na volta vinte um Hamilton parou pela primeira vez e quando deixou os boxes estava com mais de seis segundos de vantagem sobre Kimi Räikönem. Depois disso, a corrida entrou em stand bay e foi apenas uma sequência de carros correndo pelo sinuoso e travado circuito húngaro. Lewis Hamilton se reencontrou com a vitória depois de quase nove meses, e Räikönem conseguiu a melhor posição do ano para os italianos. Webber minimizou o prejuízo da turma dos energéticos com o terceiro posto, e agora é o vice-líder do mundial, a apenas 18,5 pontos do Button, que se arrastou pela pista e chegou num discretíssimo sétimo lugar. Rosberg mais uma vez andou bem e repetiu o quarto lugar da Alemanha. Kovalainen foi o quinto, seguido de uma bela recuperação do Timo Glock, que havia largado em décimo quarto e cravou a sexta posição, à frente do companheiro Trulli, que fechou os oito primeiros que marcam pontos.   As posições conquistadas na Hungria levaram a equipe McLaren ao quinto posto na tabela do mundial de construtores, agora com 28 pts. Até a nona corrida do ano, na Alemanha, os ingleses somavam apenas 14 pontos e agora possuem uma vitória. A Ferrari é a terceira, com 40 e sem vitórias este ano. Os italianos estão pasmos com a evolução do tradicional rival. Felipe Massa em entrevista na quinta-feira declarou que a pista húngara não era um lugar que trazia boas recordações a ele. E citou a corrida do ano passado, onde conseguiu uma bela largada e liderou a maior parte da etapa e teve um motor estourado a três voltas do final. Mal sabia ele que este lugar seria o palco do pior acidente de sua carreira. Como ele mesmo disse, “não dou muita sorte nesta pista”. E não deu mesmo, pois encontrar uma mola descendo uma reta, não é normal de acontecer, e o que é pior, essa peça de oitocentos gramas bateu na sua cabeça quando estava a 260 km/h. É muito azar! Mais por outra ótica, ele deu muita sorte, pois poderia ter sido pior. A posição que a mola o atingiu ainda contou com a proteção de parte do capacete, mas se ela atingisse apenas a viseira poderia ser muito pior. A viseira é super resistente, mas os parafusos que a prendem não são.  A recuperação do nosso piloto está surpreendendo e ele deve deixar o hospital ainda esta semana. E sem sequelas. Que Deus o acompanhe!

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