GP da Inglaterra

A etapa da Inglaterra, ao contrário do GP da Europa, foi mais concorrida. Porém, o resultado final não transpareceu a realidade. A vitória ficou com a Ferrari, e quem acompanha esse esporte sabe que o carro italiano não tem capacidade para reascender uma disputa de igual para igual com os da Red Bull.

Irreal.  A vitória de Alonso foi incontestável, mas ele contou com dois fatores extra-pista para vencer. O primeiro foi um erro da equipe Red Bull na segunda parada de Vettel (o detalhe é que eles erraram também com Webber). O segundo fator foi a atuação do Mansell moreno, Hamilton que segurou o Vettel e, assim Alonso conseguiu uma boa vantagem sobre seu oponente direto. Desta maneira, Alonso conseguiu sua primeira vitória de 2011.

Aqui se faz e aqui se...  Isso já aconteceu ao contrário com outros pilotos, que ajudaram o alemãozinho a abrir de seu algoz e vencer em provas anteriores nesta temporada. De momento, lembro-me do GP da Austrália, onde Petrov fez o mesmo papel que Hamilton fez na Inglaterra. E Hamilton era o Vettel naquele dia. Ou seja, o piloto que foi preso por um carro de menor desempenho e um piloto afim de mostrar serviço, enquanto quem liderava conseguia abrir e abrir, sem ser incomodado por seu real perseguidor.

Inacreditável. Na etapa inglesa, em hora nenhuma a equipe italiana fez alguma trapalhada nos pit’s de Massa. Uma boa novidade nesta temporada. E também, como sempre, não erram com o espanhol. E não podem mesmo, pois foi o hispânico que levou o Banco Santander para lá e esse banco paga uma fortunazinha para ter sua logomarca estampada nos carros vermelhos. Esperamos que os vermelhos realmente tenham aprendido como realizar uma troca de pneus, sem errar e de maneira rápida.

Repeteco. Assim como em 2010, Webber e Vettel novamente tiveram suas desavenças no GP inglês. E vergonhosamente, pela primeira vez, a equipe do energético agiu como uma equipe tradicional do circo. Ao dar uma ordem via rádio para que Webber não atacasse Vettel no final da etapa. A convivência fez mal à turma do boxe da Red Bull.

Vergonhoso.  Depois de tudo que a equipe Red Bull pregou nas temporadas passadas, ela agora agiu  como qualquer outra equipe do grid. Na verdade, esse GP foi mais disputado nos bastidores que na pista. Isso tudo devido à medida da FIA de tentar mudar as regras depois que o campeonato começou. E isso gerou várias reuniões e controvérsias.

Vedete. Na Inglaterra, a princípio, todas as atenções foram para os difusores aquecidos e os difusores soprados ou ainda o termo mais usado do final de semana “escapamento aerodinâmico”. Foi o motivo de toda a discussão. A verdade é que o ‘Verme Ecclestone’ não quer que o campeonato termine bem antes da prova final.

Finanças. Pois do jeito que Vettel e a RB7 vêm dominando, isso não demora a acontecer. Então, para frear a supremacia da dupla (Vettel e RB7), e não sofrer perdas financeiras com um campeonato decidido com oito etapas antes da final, resolveu-se que o ‘Verme’, via FIA, ia mudar as regras para segurar o avanço dos carros azuis. Mas se a Ferrari tivesse desenvolvido seu sistema a contento, as regras certamente não seriam alteradas. O estranho é que com a mudança, o carro que mais perdeu performance foi a Lótus-Renault, que na classificação ficou longe do Q 3.

Desencontro. ‘Verme Ecclestone’ disse ainda, na manhã do GP inglês, que se todas as equipes concordassem, a regra voltaria a ser a mesma do início do ano. Mas a Ferrari e a Sauber eram contra. Porém, depois da declaração do ‘Verme’, as duas equipes voltaram atrás e, ainda no domingo, disseram que vão ser a favor da regra antiga. Já a FIA disse que vai reeditar a regra antes do próximo GP. Mas podem surgir novidades ou desavenças por parte dos italianos. Se bem que eles ainda estão embriagados com a vitória de Silverstone.

Destaques. As surpresas do qualifyng foram o sexto de Di Resta e o sétimo de Maldonado, posições que não ajudaram muito ao final da etapa. O décimo de Hamilton também foi destaque só que pela má posição. Mas na corrida ele como sempre andou muito e fez das suas, ele e Kobayashi sempre dão show. Sergio Perez conseguiu uma sétima posição no final, à frente de Heidfeld e Schumacher, que fizeram uma ótima corrida de recuperação. Alguersuari fechou os tops tens.

Felicidades a todos!

Baleia.v@uol.com.br