ARTICULISTAS

GP da sina

Para quem esperava um GP agitado ou mais uma daquelas manobras estúpidas do inglesinho Lewis Hamilton, essa etapa foi como um balde d’água fria, em vários sentidos.

Reginaldo Baleia Leite
Publicado em 03/08/2018 às 10:18Atualizado em 20/12/2022 às 13:14
Compartilhar

O piloto da McLaren foi impecável em sua pilotagem. Liderou todos os treinos, foi o pole, venceu com extrema facilidade e, ainda, foi o autor da volta mais rápida. Não fez nenhuma merda e pilotou como gente grande. Mas, claramente, monitorado pelo rádio da equipe. Curiosamente, Hamilton saiu do GP da China, em 2007, com sete pontos de vantagem e conseguiu perder o campeonato em Interlagos, para o Kimi. Agora, tem os mesmos sete pontos de vantagem.

Pela lógica, nada disso deve se repetir. Hamilton não é mais o mesmo, principalmente pelo fato de a equipe o manter sob rédeas curtas, apesar da torcida contra nesses momentos cruciais. Nesta temporada, tudo é diferente. Hamilton não tem um inimigo no seio da equipe e seu único rival é o da equipe vermelha, equipe esta que, nesta fase, parece mais trabalhar para perder o título do que para ganhá-lo. Os italianos não perdem tempo nem esforços para tal feito.

Usando aquela teoria do mal, até parece que o teatro está armado há tempos. Se no ano passado a McLaren roubou no jogo e sofreu o castigo com a perda dos pontos no campeonato de construtores e o título no de pilotos, fora aquela multinha, paga com o dinheiro que a equipe deixou de ganhar, e não tirado do caixa. Aparentemente, tudo meio que armado pelas mentes insanas que comandam o espetáculo.

Pelo jeito, agora chegou a hora de devolver a gentileza, levando em conta que o time inglês, apesar de toda a arrogância e dinheirama, não vence um campeonato sequer desde 1999. A vitória da Ferrari no ano passado apenas se deveu ao acordo de caloteiros, pois os vermelhos não estavam no mesmo nível. Neste ano, tirando as duas últimas corridas e os GPs da Austrália, Mônaco, Inglaterra e Alemanha, a McLaren nunca foi páreo para os italianos. Na verdade, a Ferrari só não é campeã antecipada nesta temporada devido aos seus próprios erros, pois teve o melhor conjunto na maioria das etapas.

Como diz a lógica, a situação ficou quase impossível, mas ainda restam dez pontos em jogo e a última corrida nem começou. Além disso, nem sempre da à lógica. Se Felipe Massa conseguir, vai quebrar um tabu que perdura desde 1950: o de um piloto vencer o campeonato em casa. Isso só aconteceu no primeiro ano da categoria. Desde então, não se repetiu. E deixando a lógica de lado, vamos para Interlagos torcendo pelo impossível, o que às vezes acontece. Estaremos lá para ver e torcer, com a força que nos resta: a esperança.

Não podemos jogar a toalha, porque a luta ainda não acabou. E se a lógica prevalecer, vou creditar a perda deste título do nosso piloto a uma série de acontecimentos infelizes, sentindo pena dos tifoses e de nós, brasileiros apaixonados pelo automobilismo. Porém, nunca terei uma nesguinha de dó da equipe italiana e dos "malas" que comandam esse espetáculo. Às vezes, a Fórmula 1 nos deixa transparecer que deixou há tempos de ser um esporte de massa e que se trata apenas de um grande negócio para alguns. Pelo jeito, apesar de eu não acompanhar, outros esportes também partiram para esse tipo de gestão.

Uma ótima semana a todos!

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Logotipo JM OnlineLogotipo JM Online

Nossos Apps

Redes Sociais

Razão Social

Rio Grande Artes Gráficas Ltda

CNPJ: 17.771.076/0001-83

Logotipo JM Magazine
Logotipo JM Online
Logotipo JM Online
Logotipo JM Rádio
Logotipo Editoria & Gráfica Vitória
JM Online© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por