A segunda edição do GP de Cingapura foi uma etapa das mais chatinhas. O vencedor, Lewis Hamilton, conseguiu sua décima primeira vitória na carreira e de ponta a ponta...
A segunda edição do GP de Cingapura foi uma etapa das mais chatinhas. O vencedor, Lewis Hamilton, conseguiu sua décima primeira vitória na carreira e de ponta a ponta. A vitória do inglês foi praticamente construída na classificação, ao obter a pole, com um dos carros mais pesados do grid. Essa pole do piloto da McLaren foi obtida graças ao acidente do Rubinho na última volta; o que ocasionou uma bandeira vermelha, que impediu outros pilotos bem mais leves de realizarem sua última volta rápida. No caso, os principais prejudicados foram: Vettel e Rosberg. Na corrida, os dois facilitaram a tarefa de Hamilton, ao cometerem erros infantis. Vettel ultrapassou a velocidade limite dentro dos boxes no seu último reabastecimento, e o alemão saiu mais forte do que deveria na saída do boxe, ultrapassando a famosa linha branca que lá em Cingapura era uma chicane. Os dois foram obrigados a pagarem com um drive-through. O nosso único represente na F-1 atual, Barrichello, demonstrava desde o início uma mistura de garra com um pouco de sorte. Rubinho largou bem e contou com a colaboração de Kubica, os dois disputaram duas curvas lado a lado, sem que nenhum fosse jogado para fora. Rubens ia bem e abria uma boa vantagem para cima de seu rival, direto na disputa pelo título, além de colocar dois carros entre eles. Como Button não participou da super pole, largou com o tanque bem cheio, e quando veio o safetty-car, ele reabasteceu, mas ainda tinha gasolina para umas dez voltas. O que se mostrou vantajoso no final da disputa. A maior surpresa desta etapa foi a corrida de Timo Block. Um segundo lugar com um carro que não vinha andando bem. A posição de Trulli, 12°, demonstra como Block foi bem. Como prêmio pela bela atuação, recebeu da equipe Toyota, um dia depois, uma notícia nada animadora. Os nipônicos anunciaram que dispensarão os serviços do piloto para a próxima temporada. Trulli já havia recebido a mesma notícia dias antes. No paddock, os rumores são de que a Toyota vai trilhar o mesmo caminho da arqui-rival, e abandonar o circo. Nesse quesito também se fala da Renault. A BMW já está arrumando as malas, e a sua última corrida será em Abu-Dabi. O que salvou a corrida de Cingapura foi a primeira volta e algumas disputas da turma do fundão. Adrian Suttil e Kimi Räikkönen sentiram na pele o quanto é difícil ultrapassar nessa pista. Suttil errou ao tentar voltar à pista rapidamente, depois de rodar na entrada de uma curva, para não atingir um piloto da Toro Rosso, e abalroou o BMW do alemão Nick Heidfeld. No final ganhou uma multinha de US$20.000,00. Anti-Stall ou “anti-Rubinho”? Esse sistema Anti-Stall da Brawn parece ser contra o brasileiro, pois já aprontou várias com o piloto nessa temporada. Nessa etapa não foi diferente, o novo sistema aprontou na segunda parada do piloto. Desta vez, quando ele tinha que entrar em ação, quando o neutro não entrou e resolveu imitar o neutro e também não atuou. Fazendo com que o motor morresse e nosso piloto perdesse uns sete segundos. O Anti-Stall é um sistema que tem como função evitar que o motor apague. Para pensar. Na reunião que a Brawn faz depois de cada corrida, a direção da equipe chegou a dizer que o problema da segunda parada de Rubens foi provocado pelo próprio piloto, ao apertar o botão antes da hora. Mas o engenheiro de Rubinho entrou na história e mostrou as imagens da câmera on-board do carro do brasileiro, que mostravam que o piloto apertou o botão no momento exato. Assim, a equipe afastou o erro humano como defeito. Essa direção da Brawn sempre é muito legal com Barrichello. Das outras vezes que o sistema falhou também falaram em falha humana. A culpa sempre é do Burrinho. O brasileiro sempre ocupou um lugar ruim na direção da equipe, no quesito chegar na frente. E uma prova do sentimento de Ross para com Button, foi quando o inglês começou a encontrar graves problemas com o freio, no finalzinho da corrida, ao perseguir Vettel. O velho Ross Brawn pegou o rádio e pediu para o inglês maneirar e trazer o carro para o final. Por acaso você já viu o Ross falar com o Rubens durante uma corrida? Eu não. Depois de uma vitória, ele já congratulou o Rubens. Mas durante uma prova nunca. E isso é normal, pois quem fala com o piloto é seu engenheiro e não o dono da equipe. Mas no caso do inglesinho, queridinho, a coisa muda de figura. O Rubinho está parecendo o guarda daquela novela da Índia. Sinto que o Massa poderá sofrer do mesmo mal em 2010, com o espanhol dando as cartas na equipe de Maranello. Quinta-feira deve ser comunicada a transferência de Alonso para a Ferrari, e aí começa o calvário do piloto de Botucatu. Domingo é dia de GP do Japão, no circuito de Suzuka, aquela bela pista que já nos trouxe grandes e bons momentos. E, mais uma vez, sentiremos apenas saudades dos bons momentos. A prova será às duas horas da manhã, mesmo horário da classificação, só que no sábado.