Tivemos mais uma edição do GP do Canadá, prova movimentada e atípica, sem a mesmice de sempre. Vale ressaltar que não tivemos a presença da chuva
Tivemos mais uma edição do GP do Canadá, prova movimentada e atípica, sem a mesmice de sempre. Vale ressaltar que não tivemos a presença da chuva, que foi quem inverteu a lógica até agora, e a mesmice porque outro fator atípico apareceu na pista do velho e bom Gilles Villeneuve. Os pneus foram contribuíram para mudar tudo e transformar essa etapa numa corrida diferente de todas que já vimos até agora.
Esse GP já começou com uma quebra de tabu na classificação. Pela primeira vez no ano, uma RB 6 não era dona da pole position. Isso porque a equipe do energético resolveu participar do Q3 com pneus duros e, mesmo assim, quase foi dona da pole, com Webber ficando um pouquinho atrás de Hamilton (268 milésimos).
Mas o vencedor foi Hamilton, que mais uma vez estava num grande dia e soube suportar a pressão de Vettel, no início da prova. Conseguiu, ainda, ultrapassar Alonso, que lhe havia tomado a posição nos pontos. Alonso estava irreconhecível. Perdeu para Hamilton e depois para Button. Se bem que, no caso do Button, houve a colaboração do Buemi, sem querer, por parte do piloto da segunda equipe do touro que dá asas.
Ao optar por largar com pneus duros, a equipe Red Bull achou que daria o bote na McLaren, mas, como a pré-temporada já havia demonstrado a alta eficiência aerodinâmica dos carros da Red Bull, cobra seu preço em pistas irregulares.
E, assim, mais uma vez o melhor carro perdeu a chance de vencer. Esse é o preço que a equipe paga por não ser do mesmo nível das duas grandes. Mesmo tendo o melhor equipamento na pista, falta um pouco de infraestrutura. Se bem que nas paradas de boxes a equipe foi a que mais evoluiu.
Para o lado dos brasileiros, a única notícia boa foi a renovação do contrato do Massa, pois tanto o piloto vermelho como os demais não estavam de bem com a dona sorte. E essa não queria nem saber deles. Massa, Rubinho, Senninha e Di Grassi não vão ter a menor saudade desta edição do GP canadense.
Felipe tinha ganhado uma posição no grid e pulou da quarta fila para a terceira, com a punição de Webber, mas de nada adiantou. A verdade é que ele não largou bem no momento inicial. Depois, tentou ganhar terreno, mas aí havia uma curva onde cabem apenas dois carros. Ele se viu entre uma McLaren por fora e Liuzze, que não tinha para onde ir, mas poderia ter aliviado (Liuzze).
Rubinho, outra vez, ficou na largada. Aparentemente, só ele sofre desse mal, e desde o ano passado. Apesar da falha, é um grande lutador e teve sua corrida prejudicada por um toque do Alguersuari. Novamente Seninha largou melhor do que seu companheiro e mais uma vez não terminou a corrida. Di Grasi conseguiu ir até o fim, mas sempre em último lugar.
Outro piloto que marcou por uma atuação fora do padrão foi o alemão. O piloto da Mercedes vinha bem até realizar sua troca de pneus. Ao voltar para a pista, resolveu não deixar Kubica – que já vinha no embalo e de pneus aquecidos – ultrapassar. Essa bobeira custou caro ao alemão, pois na disputa chegou a sair da pista e teve de retornar aos boxes, na sequência, por ter um pneu furado.
Por falar nisso, essa foi a etapa em que mais houve punições neste ano. O rato continua com olhar de gato (aguçado) para manobras antiesportivas. Mas a FIA estava devendo uma para o alemão (Mônaco) e assim ele escapou ileso.
Uma ótima semana a todos!