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Hoje

Não falarei dos vândalos de extrema esquerda

Gilberto Caixeta
gilcaixeta@terra.com.br
Publicado em 11/02/2014 às 19:38Atualizado em 19/12/2022 às 09:05
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Não falarei dos vândalos de extrema esquerda, que se equivalem à extrema direita – black bloc –, que comprometem as manifestações democráticas e que promovem um recuo nas manifestações sociais. Nem no financiamento indireto das ditaduras patrocinadas pelo governo brasileiro. Ou das idiotices do Pelé ao falar. Muito menos da perseguição orquestrada contra a polícia. São temas por demais ácidos e devem ser tratados em outro momento. A Copa das Copas falará por si e, talvez, estaremos esmagados pelo conjunto desta desventura. Hoje, optei por falar da musculatura social, promovida por aqueles que fazem de suas profissões uma arte, em sua concepção estética, que não é a beleza, mas sim a felicidade de ser profissional. Fazem de seus dons uma orquestra de benesses. Quem é feliz contagia vários com a sua felicidade, assim como o mau humor que contamina. Ouvi, certo dia, que uma dose de veneno não faz mal, mas, se provada todos os dias, pode matar. Assim é o mau humor, a desesperança, a incredulidade... Por isso, temos que franquear a liberdade à homenagem àqueles que, mesmo com as suas dores, são capazes de nos dar a expectativa de que nem tudo está contaminado. Gosto muito daquela expressão que diz que: a dor passa, mas a desistência é para sempre. Dentre vários profissionais chegados a Uberaba e nascidos aqui, tenho Marco Antônio Borges de Almeida – dentista – e a nutricionista Flávia Naghetini como maestros em suas profissões. Não são militantes políticos, embora tenham consciência dos entraves sociais em nosso país, que não se erradicam com políticas sociais de doação, e sim pela promoção do ser humano no fazer. São pessoas que, no dia a dia, fazem a diferença. Ela, com as suas palestras nutricionais, a mostrar a engrenagem econômica dos produtos alimentícios, que nem sempre atendem ao bem-estar do consumidor. Ele, a cuidar da saúde bucal. Aqui, não se faz um paralelo entre eles, e sim o destacar de pessoas que se pode admirar pelos seus entusiasmos cotidianos no trabalho. Em épocas de inversão de valores, onde tudo se dissolve em movimentos panfletários ou outdoor, é um privilégio poder conversar com ele (a). São simples e incisivos em suas leituras sociais. Responsáveis em seus papéis sociais. Marcados pela gentileza e pela humildade, competentes e seguros ao lavrarem seus diagnósticos. Em época de volume dos afazeres, onde o outro é apenas mais um no receituário do arquivo, conhecer profissionais que não se limitam a isso, pode se crer que o nosso tecido social não esteja tão comprometido. Hoje não é dia de analisarmos a ausência de políticas que contemplem a sociedade e não só a elite e setores sociais merecidos, muito menos de falarmos da ausência da meritocracia no acesso institucional. Prefiro, portanto, encerrar ratificando o nosso apreço àqueles que fazem de seus cotidianos um espaço de musicalidade à vida e à esperança. Orquestra que poucos se apresentam como músicos, quiçá maestros.

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