Salve, salve todos os amantes do esporte! Salve, salve todos os amantes do futebol raça, do futebol superação e do futebol paixão!
Antes de qualquer coisa, quero dizer que minha humilde explanação de hoje não se trata de uma prédica, até porque não sou disso. E vocês, caros leitores, sabem dessa realidade. Mas é impossível não falar sobre alguns acontecimentos ocorridos dentro de diversos gramados por aqui, como também em outros locais do nosso país.
Comecemos pela Copa do Brasil, mais precisamente pelo jogo entre o glorioso Botafogo e o River Plate, do Sergipe. O time sergipano, em campo, mereceu muito mais a vitória do que o Alvinegro carioca. No entanto, todos sabem que futebol não é apenas merecimento. Fosse assim, Joel Santana não estaria exaltando a classificação para a segunda fase da competição. O impudor do trio de arbitragem, na minha visão, foi o principal motivo da desclassificação da equipe nordestina. Infelizmente, no futebol brasileiro, a regra não é para todos. No entanto, fica a liçã o River jogou muito bem como mandante e, no Engenhão, o juiz estragou o espetáculo. Ainda assim, a raça e vontade daqueles sergipanos, correndo até os 44 minutos do segundo tempo em busca do empate, foram impressionantes e dignas de imitações.
Em outro caso, vem o Fluminense. Com todo o respeito aos torcedores do atual Campeão Brasileiro, mas o apelido “time de guerreiros” não vem combinando mais com o Tricolor. Dentro de casa, o time vai mal. E jogando como visitante, a coisa piorou. Mesmo não sento torcedor do Flu, sinto falta de ver a vontade em forma de transpiração; sinto falta do sangue nos olhos. É triste constatar a ausência de gana por parte de um time de futebol. E antes que me corrijam dizendo que não falta vontade à equipe de Muricy Ramalho, atrevo-me a dizer o que todo mundo já sabe: não adianta apenas querer, é preciso correr atrás, fazer acontecer.
Agora, voltemos à nossa chuvosa e agradável realidade. Quem foi ao Uberabão, na quarta-feira, ou acompanhou pela Rádio JM o jogo entre Nacional e Uberaba Sport, deve ter tido em casa questionamentos análogos aos meus: qual era o time formado por profissionais? Qual era mesmo o clube com regime rigoroso de treinamentos físicos e técnicos?
É tenso, mas é necessário e muito bom dizer que o Nacional mandou muito bem. Até quem não torce por nenhuma das duas equipes ficou empolgado com o alvinegro. A correria aprontada para cima do Colorado foi digna dos velhos tempos do Derby uberabense.
Não sou obtuso a ponto de dizer que o Naça é melhor do que o USC. Não é isso. Mas, sem sombra de dúvidas, o Nacional foi melhor. Faltou perna, faltou fôlego no finalzinho da partida, mas, por outro lado, sobrou vontade, sobrou o tal do querer!
O placar favorável ao Zebu não chegou a ser injusto. Se o Colorado fez o gol que garantiu a vitória, é porque teve competência suficiente. Isso é inquestionável. A questão é que o Nacional foi tudo aquilo que o USC não vem sendo quando mandante pelo Campeonato Mineiro. O Naça foi raça!
Bom fim de semana e ótimo carnaval a todos!