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Independência ou morte!

Vendo recentemente as estatísticas assoladoras decorrentes do uso do cigarro, valem alguns itens anotados de uma revista especializada

João Eurípedes Sabino
forumarticulistas@hotmail.com
Publicado em 03/08/2018 às 10:18Atualizado em 20/12/2022 às 11:53
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Vendo recentemente as estatísticas assoladoras decorrentes do uso do cigarro, valem alguns itens anotados de uma revista especializada.

Cigarr

1 – Não carrega consigo a maldade; é a própria. 2 – Quem usa-o, no mínimo menospreza a si mesmo. 3 – Seu jogo é duro, é pra matar. 4 – Onde está, existe angústia. 5 – Chega como quem não quer nada e quer tudo. 6 – É o maior dos falsos, mas passa por amigo. 7 – As consequências mais ilustres do cigarro sã o câncer e o enfisema. 8 – Se o cigarro falhar, o problema é do consumidor.

Ainda bem que esse infeliz componente negativo está com os dias contados. Isso em curto prazo, mas até lá morrerão milhares.

É difícil entender por que um agente que só causa desagrados ainda seja o alento de pessoas autodenominadas de independentes. Criamos o histórico lema: “Independência ou Morte!”. Não enxergamos isso quanto ao cigarro.

Alguém, muito “educado”, retira da carteira um cigarro e o acende onde há concentração de pessoas. Deixando de lado o aspecto da proibição legal, onde está o erro? É que cabelos, roupas, peles e pulmões dos que não fumam a essa hora experimentam o mesmo veneno.

Do saudoso Nenê, proprietário do extinto restaurante Chaparral, ouvi certa vez: “As áreas reservadas aos fumantes fazem bem para dois. Tanto ao não fumante quanto ao dono do estabelecimento. O primeiro, por não fumar de tabela, e o segundo, por vender muito mais. É impossível engolir fumaça alheia e ao mesmo tempo aumentar o apetite ou a sede. Quem é obrigado a isso não volta mais”, finalizou Nenê do Chaparral.

Faça o que eu mando e não olhe o que eu faço. Frase abominável bem inventada para explicar o injustificável. Pai ou mãe fumantes às vezes usam-na ao coibir o filho para não fazer o mesmo. Não há resultados práticos se o que foi ensinado, age fora da alma do filho. Estando os pais desautorizados pela conduta, é o mesmo que mandar fazer o errado. Depois lamentam.

E as campanhas do governo estão chegando lá? Elas prosseguem a duras penas. “Controla-se” o consumo do cigarro pela propaganda, financia-se a plantação do fumo e concede-se o reajuste dos remédios!!! É o cachorro correndo atrás do rabo.

Uma pessoa que já tentou largar o cigarro várias vezes me disse: “Eu gostaria de deixar esse vício. Já tentei de várias formas e não consigo”. Já um ex-inveterado no fumo e hoje, no fim da linha, com a voz ofegante, arremata:

− Difícil... não é você... deixar o cigarro depois de longa convivência. Doloroso é... após muitos anos... quando ele... depois de fumá-lo... decide deixar você...

(*) presidente do Fórum Permanente dos Articulistas de Uberaba e Região e membro da Academia de Letras do Triângulo Mineiro

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