Vendo recentemente as estatísticas assoladoras decorrentes do uso do cigarro, valem alguns itens anotados de uma revista especializada
Vendo recentemente as estatísticas assoladoras decorrentes do uso do cigarro, valem alguns itens anotados de uma revista especializada.
Cigarr
1 – Não carrega consigo a maldade; é a própria. 2 – Quem usa-o, no mínimo menospreza a si mesmo. 3 – Seu jogo é duro, é pra matar. 4 – Onde está, existe angústia. 5 – Chega como quem não quer nada e quer tudo. 6 – É o maior dos falsos, mas passa por amigo. 7 – As consequências mais ilustres do cigarro sã o câncer e o enfisema. 8 – Se o cigarro falhar, o problema é do consumidor.
Ainda bem que esse infeliz componente negativo está com os dias contados. Isso em curto prazo, mas até lá morrerão milhares.
É difícil entender por que um agente que só causa desagrados ainda seja o alento de pessoas autodenominadas de independentes. Criamos o histórico lema: “Independência ou Morte!”. Não enxergamos isso quanto ao cigarro.
Alguém, muito “educado”, retira da carteira um cigarro e o acende onde há concentração de pessoas. Deixando de lado o aspecto da proibição legal, onde está o erro? É que cabelos, roupas, peles e pulmões dos que não fumam a essa hora experimentam o mesmo veneno.
Do saudoso Nenê, proprietário do extinto restaurante Chaparral, ouvi certa vez: “As áreas reservadas aos fumantes fazem bem para dois. Tanto ao não fumante quanto ao dono do estabelecimento. O primeiro, por não fumar de tabela, e o segundo, por vender muito mais. É impossível engolir fumaça alheia e ao mesmo tempo aumentar o apetite ou a sede. Quem é obrigado a isso não volta mais”, finalizou Nenê do Chaparral.
Faça o que eu mando e não olhe o que eu faço. Frase abominável bem inventada para explicar o injustificável. Pai ou mãe fumantes às vezes usam-na ao coibir o filho para não fazer o mesmo. Não há resultados práticos se o que foi ensinado, age fora da alma do filho. Estando os pais desautorizados pela conduta, é o mesmo que mandar fazer o errado. Depois lamentam.
E as campanhas do governo estão chegando lá? Elas prosseguem a duras penas. “Controla-se” o consumo do cigarro pela propaganda, financia-se a plantação do fumo e concede-se o reajuste dos remédios!!! É o cachorro correndo atrás do rabo.
Uma pessoa que já tentou largar o cigarro várias vezes me disse: “Eu gostaria de deixar esse vício. Já tentei de várias formas e não consigo”. Já um ex-inveterado no fumo e hoje, no fim da linha, com a voz ofegante, arremata:
− Difícil... não é você... deixar o cigarro depois de longa convivência. Doloroso é... após muitos anos... quando ele... depois de fumá-lo... decide deixar você...
(*) presidente do Fórum Permanente dos Articulistas de Uberaba e Região e membro da Academia de Letras do Triângulo Mineiro