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Introdução ao estudo de Hermann Hesse

Dos dezesseis livros de Hermann Hesse, traduzidos no Brasil, até 1976, defrontar-nos-emos com trechos de alguns deles, por demais conhecidos

Elias Barbosa
eliasbarbosa34@terra.com.br
Publicado em 25/04/2010 às 14:00Atualizado em 20/12/2022 às 06:52
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Dos dezesseis livros de Hermann Hesse, traduzidos no Brasil, até 1976, defrontar-nos-emos com trechos de alguns deles, por demais conhecidos, a fim de que possamos raciocinar em torno da vida que desfrutamos neste mundo, que aos poucos vai se transformando em orbe de regeneração.

Antes de tudo, vejamos uma síntese biográfica do grande prosador e poeta alemão, que tanto nos encanta pela clareza de sua linguagem e a riqueza de ensinamentos para quantos almejam voltar-se para dentro de si mesmos, em busca da paz de que todos nós, os seres humanos, necessitamos.

Nasceu Hermann Hesse em Calw, pequena cidade de aspecto medieval, no interior da Alemanha, a 2 de julho de 1877, e desencarnou em Montagnola, próximo ao lago de Lugano, na Suíça, a 9 de agosto de 1962, dezesseis anos depois de haver recebido o Prêmio Nobel de Literatura.

Disposto, aos treze anos de idade, segundo o seu principal biógrafo, Hugo Ball, “a ser poeta ou nada”, Hesse abandonou a aprendizagem na casa do relojoeiro Heinrich Perrot; fugiu do convento de Maulbronn, aos quinze de idade, somente concluindo a aprendizagem de livreiro, em Tubingen, para depois de três casamentos sucessivos e de várias fugas, tornar-se, em 1920, cidadão suíço, tendo, em 1911, feito uma viagem à Índia, talvez para rever as paragens onde seu avô materno, o médico Hermann Gundert, fora pioneiro da missão evangélica.

Em 1916, na Suíça, o autor de Unterm Rad se submeteu a tratamento psicanalítico, com um discípulo de Jung, depois do qual publicou Demian, que seria “o resultado dessa libertação de forças psíquicas reprimidas.”

No que se refere às questões espíritas, vejamos alguns passos da obra O Círculo Hermético — Hermann Hesse a C. J. Jung, de Miguel Serrano, diplomata e escritor chileno, que viajou pela Índia e manteve uma amizade íntima com o autor de Psicologia e Religião e o autor de Sidarta, ambos então no fim da vida física.

Referindo-se a Demian, afirma Serran “Como acontece com os homens, assim sucede também com os livros: possuem um destino próprio, são como que dirigidos às pessoas que os esperam, encontrando-as na hora exata. Os livros vivem, morrem e reencarnam: são construídos de matéria palpitante, que procura e abre caminho através das trevas, frequentemente após a morte de seus autores.”

Posteriormente, veremos outros trechos de Serrano sobre Hesse.

(*) clínico geral e psiquiatra

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