Escrevo hoje, mas o parto vai ser amanhã: deve estourar o último voto do Supremo Tribunal no caso do recurso das condenações desabadas sobre astros e estrelas da política nacional. Sempre fui péssimo em palpites e apostas – que desta vez nem quis dar opinião. Parece fácil, os condenados já passaram pelo julgamento, este recurso é apenas aquele “mais um” que é tradição e obrigação nos processos de escândalos brasileiros. A seguir a tradição, a maior parte dos condenados sairá inocentada ou mini-condenada. Não ficarei surpreso se algum inocentado sair do WC onde estava gritand votem em mim! Votem em mim, que passei inocente pela lei da perseguição! É, meu amigo, arranhões de pequena sangria fazem parte da nossa vida e história. Lembro-me da infância distante no tempo e na geografia: um tal Armeu (ou Ermeu, sei lá) queria ser político ali pelas bandas do Veríssimo ou Santa Gertrudes. Era candidato a não ser o que, e muito desconhecido... Sem programa ou padrinho, esteve preso como ladrão de galinhas ali pelo Veríssimo, deu-se mal. Pois, não é que o danado deu uma “brasileirada”?. Saiu ali em campanha, gritando nas esquinas: - “Viram, minha gente, eu sou inocente, o delegado falou, acho que até ele vai votar em mim!”. Bem, encurtando, ele não foi eleito, mas garantiu sua inocência, que era a sua real preocupação. É, porque ele, e como ele muita gente, queria mesmo era limpar a sua barra. Não ficou no Veríssimo. Evaporou-se por Goiás afora, não sei o resto da história. É possível, já que isto aqui é tudo Brasil, que ele tenha “nascido” em outro lugar dos confins de Goiás, fugindo de galinhas... e quem sabe roubando coisa maior e mais importante? Olhem, os maldosos que me lêem, isto não tem nada a ver com o julgamento do nosso Supremo Tribunal. Tenho certeza que lá não tem nenhum ladrão. Se tem mais alguma coisa, ignoro. Penso até que apenas os grandes juízes do Supremo poderão dizer alguma coisa ou solução. Também, qual é a vantagem? Vocês viram o tamanho dos livros do protesto? O nosso Presidente do Supremo – Joaquim Barbosa – já nem assenta em sua cátedra, endureceu as cadeiras. Se ele ler esta crônica, vai chorar: Deus, porque este povo não rouba galinha, que é leve e a gente come?...