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La nave va

Nos antigos tempos do bar do Quinzinho

João Gilberto Rodrigues da Cunha
Publicado em 06/11/2013 às 20:25Atualizado em 19/12/2022 às 10:21
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Nos antigos tempos do bar do Quinzinho, ali na Leopoldino, a fervura dos negócios não era tão acesa e dominante – sempre sobrava um tempo no final da tarde para uma rodada na mesa da amizade. Tinha aquela mesa do Perigoso, do Joãozinho Borges, do Luiz meu irmão... e outros que ainda estão por aí, queimando óleo 90 com fama de Santos. A conversa era sempre amena e divertida, piadas fabricadas e outras de verdade mesmo. Os tempos mudaram, não há mais tempo para as amenidades da boemia inocente. Aliás, só de lembrança, lembro a conversa poética do Virmondes: sabem as três coisas mais ruins e perigosas? A turma escuta, ele solta a franga: boi doente, cerveja quente e mulher da gente! Mas ele recupera a alegria, com as três coisas melhores da vida: boi na invernada, cerveja gelada, mulher pelada! Conto com liberdade daqueles tempos, afinal daquela turma não tem ninguém vivo, saíram pela idade, fazem falta e deixam saudade. Vejam, até sem pensar a vida tinha poesia... Estou por fora, mas o que escuto é só prosa séria e ruim. Pior ainda, de coisas que não serão jamais resolvidas, dos governos e desgovernos cujas atitudes parecem sinos das velhas igrejas, o badalo vai pra lá, vem pra cá... Amigo, você é capaz de entender a tal procissão energética entre Ribeirão Preto e Uberaba? Cada prefeito de cada lado diz que “já ganhou”, e conta as maravilhas do seu jogo de truco... É claro, este modesto observador aqui em Uberaba escuta e lê a papagaiada de que: se não vier de São Paulo, Belo Horizonte vai mandar! Caramba, esta é demais. BH, meus amigos, só pensa no Triângulo igual salão das pu... Desculpem, minha mãe cortou o tas! Fico emocionado com as promessas e grandezas que nos protegem lá de BH. Apenas, fiquei velho. O que nós temos aqui em nossa terra não veio jamais de simpatia e favores de Belo Horizonte. É claro, as novas eleições estão a caminho, a turma mandante de BH está passando vaselina. Vejo a alegria dos nossos deputados para lá residentes, e leio a história do passad tire-se Rondon Pacheco, que foi acidente da época e do trabalho... o resto é lero-lero. Desculpem-me os eventuais críticos, mas de BH e MG eu tenho enorme quilometragem. E termin sempre com intenções por estradas ruins...

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