Na data de oito de dezembro é celebrada, na Igreja, a Solenidade da Imaculada Conceição de Nossa Senhora, da Mãe de Jesus, Mãe das mães e de todas as mulheres. Mas, infelizmente, está sendo muito comum ver pela mídia notícia do crescimento no número de feminicídio, que expressa claramente uma prática de machismo e de desrespeito contra as mulheres em todo o país.
Ao olhar para a Mãe de Jesus, a mente humana contempla uma mulher perfeita, imagem que deve ser seguida por todas as mulheres que compõem a população do país. Não só isto, mas também é importante ressaltar a contribuição feminina efetiva para o verdadeiro desenvolvimento da Nação. As mulheres não são apenas agentes do lar, mas pessoas que trabalham e constroem a vida.
O Advento, período que antecede o Natal, reflete o papel da mulher, Mãe de Jesus Cristo, como modelo de santidade. Sua vida não teve nada de extraordinário, mas realizava tudo com serenidade e determinação. Além de ser mãe e esposa, era preocupada com a educação do Filho e se doava por Ele, mesmo sabendo do que estava por acontecer em relação à Paixão e morte de Jesus.
As mulheres levam consigo muitos valores e virtudes que as ajudam na construção do bem da sociedade. Podemos dizer da fortaleza, firmeza nas decisões, dignidade, acolhimento, simplicidade, disponibilidade e a marca da sabedoria. Riquezas que identificam a vida da Mãe de Jesus Cristo, fazendo dela protótipo e modelo de simplicidade e testemunho de autenticidade no Reino de Deus.
“Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo” (Lc 1,28). Esta proclamação vem da boca do Anjo Gabriel, do enviado do Senhor, para dizer que Deus está presente na vida, não só da Mãe de Jesus, mas também em todas as mulheres virtuosas, capacitando-as para o desempenho de sua sublime missão. Tudo isto significa que as mulheres precisam ser respeitadas e elas mesmas se respeitarem.
O futuro da vida cristã foi depositado nas mãos de Maria, porque dela nasceria o Salvador da humanidade, Jesus Cristo. Hoje visualizamos perfeitamente a presença esmagadora das mulheres na vida das comunidades cristãs e em todos os setores da vida social. Elas constituem grande esperança para a história, mas necessitam de respeito e de serem valorizadas no mesmo nível dos homens.
(*) Arcebispo de Uberaba