O mundinho do “Verme” esta em stand by. Como já dissemos na coluna passada, quando não se tem assunto, as coisinhas sem importância tornam-se assunto do dia. Na semana passada, o foco era a Hispania. Agora é a guerra pelo nome Lótus, que envolve a finada Renault e a Lotus verde de 2010. Números. Para nós, brasileiros, o assunto do momento é que perdemos duas vagas no grid. Vagas estas que estavam mais para figuração do que para qualquer outra coisa. Seninha e Di Grassi não acrescentaram nada na temporada passada e não iriam fazer diferença nesta, já que estavam em equipes que são apenas números ou barreiras ambulantes para o resto do grid. Repeteco. Sendo assim, ficamos com dois representantes na F-1. O velho e guerreiro Burrinho e o novo aspirante ao cargo que Rubinho ocupou no passado, na equipe vermelha dos macarrônicos. A diferença é que o alemão praticamente montou a equipe e por isso era o ser dominante. Já o Alonso... BAMBAM. Alonso chegou com muito dinheiro e arrogância, como também com o poder da mídia espanhola, que, sabiamente, soube como envolver a italiana nessa trama. O lema dos espanhóis é que Alonso foi o único que derrubou o alemão no auge e assim manda na equipe mais ou menos do jeito do alemão, no passado. IMPOSSIVEL. Por isso, infelizmente, devemos ver nosso Felipe Massa recebendo ordens, como aquela do GP da Alemanha de 2010. Mas aí você questiona: “E se o Massa for mais rápido que o espanhol?” Eu respond Só se for por meio de mágica, pois a equipe inteira está empenhada em fazer do espanhol um tricampeão, e não de Massa um campeão. REALIDADE. Que me perdoem aqueles que torcem cegamente pelo piloto brasileiro, mas na F-1, de uns tempos para cá, é assim. Se o espanhol for campeão de 2011, o retorno publicitário para a F-1 na Europa e no mundo vai ser um tanto quanto maior se Massa for o campeão. E por que isso? ECONOMIA. Porque, economicamente, um piloto europeu traz mais retorno que um brasileiro. Isso o “Verme” aprendeu nos últimos títulos do Senna. Também porque a Espanha precisa se dar bem em tudo, pois suas condições financeiras no clube do euro são bem frágeis. Qualquer visibilidade positiva ajuda na hora de socorro na zona do euro. VINHO. Nosso outro representante, o bom e velho Barrichello, sempre teve o dom de estar na hora errada no lugar certo ou vice-versa. Digo velho pela longevidade no grid, pois mesmo figurando como um dos mais idosos, sempre soube, como poucos, acertar um carro e ganhar posições dos concorrentes com sua experiência. OUTRA VEZ. Na Ferrari não tinha como superar o alemão, pois foi contratado para fazer o trabalho sujo, testar e afiar o carro para o patrão. Quando tudo parecia perdido, viu-se numa equipe capaz de ganhar o título, em 2009. Mas o dono da equipe e seu sócio, por puro bairrismo e interesse, o deixou mais uma vez em segundo plano. OSSO DURO. Agora nosso velho guerreiro tem o posto de número um e não paga para correr, como seu próximo companheiro de equipe. A missão é desenvolver o carro para que os dois possam conseguir alguns pontos e, assim, livrar a equipe de gastos adicionais com logística. PETRO DOLARES. Mas uma coisa parece certa. A Williams de 2011 tem tudo para não repetir o sucesso de 2010, pois a equipe atravessa uma fase financeira ruim, por ter perdido seus principais patrocinadores. Por isso, Maldonado foi contratado, pois trouxe consigo milhares de dólares da petrolífera de Chaves. BOLSA. Sir Frank Williams até pensa em lançar a equipe na bolsa de valores e, assim, abrir o capital para o público, mas sempre tendo ele próprio como o maior acionista. O objetivo é conseguir parceiros em longo prazo e manter-se fiel à ideia de uma equipe independente. GENIO. Mas a equipe independente do momento é a Red Bull, que, além do dinheiro, tem um tal de Newey, autor das Williams e McLaren de sucesso no passado e o único homem que pode mudar o curso de uma equipe, principalmente quando mexem no regulamento. Gigantes. Mas as montadoras Ferrari e Mercedes ainda estão no páreo, além de suas equipes próprias fornecerem motores para outras equipes. Mesmo não tendo um gênio como Newey, sempre acham um jeito de copiar as ideias geniais do mestre e, ainda, aperfeiçoá-las. Os italianos estiveram e devem estar de novo mais próximos do título do que os alemães. As duas montadoras fornecem motores para quatro equipes, fora as suas. Sendo assim, entre as doze equipes, seis correm com propulsores delas. Felicidades a todos!