O nosso governo federal assumiu a importação dos médicos de Cuba ao Brasil. Isso aconteceu após visita da presidente Dilma ao companheiro presidente (há uns vinte anos) daquela que já foi chamada “pérola do Caribe”. Não vou usar discussão de um tema tão importante: recomendo aos interessados lerem o manifesto do professor Miguel Srouge publicado domingo na página terceira da Folha de S.Paulo. Por coincidência saiu aqui na página de face deste nosso jornal a fotografia dos novos médicos cubanos que importamos – treze, se não me engano. Primeira página com nosso prefeito e equipe médica, talvez querendo a premiação do trabalho e da eficiência na medicina de Uberaba. Quem puder e quiser ponha a página da Folha para comparação. Pessoalmente os dizeres do professor Miguel provocam minha consciência médica, que infelizmente passa a ser rebaixada e usada como “solução para a saúde” – e talvez instrumento eleitoral. Existem coisas que nossos políticos não contam nesta história. Por exemplo, os dez mil reais mensais que serão pagamento desta assistência médica cubana. Até onde existe informação, o médico aqui receberá mil reais – e os nove mil serão enviados para o governo de Cuba. Se assim for, duas humilhações da política: o pobre médico cubano recebe um pagamento horrível, e o médico brasileiro recebe um pagamento miserável, porém não poderá se queixar: existem mais cubanos disponíveis. De interessante e inteligente foi aquela médica cubana importada: chegou e se internou na medicina brasileira, criou uma baderna exemplar para o noticiári não aceitou as condições brasileiras, mas já estando no Brasil estava livre de Cuba... e foi exilada para os Estados Unidos, onde vai trabalhar sua medicina: um sonho para todos os cubanos. Cuidado, Brasil e Cuba, a doutora parece formada em esperteza – não quer tirar fotografias de salvadora da medicina brasileira!
