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Mediunidade Poliglota

Este o subtítulo do livro Xenoglossia, de Ernesto Bozzano (1861-1943), nosso já conhecido pesquisador

Elias Barbosa
eliasbarbosa34@terra.com.br
Publicado em 06/02/2011 às 13:24Atualizado em 20/12/2022 às 01:49
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Este o subtítulo do livro Xenoglossia, de Ernesto Bozzano (1861-1943), nosso já conhecido pesquisador de fatos espíritas. Editado pela FEB, do Rio de Janeiro, 3ª edição/1980, o livro estuda casos de xenoglossia, dividindo a matéria em quatro casos: com o “automatismo falante”; com o “automatismo escrevente”; por meio da “voz direta” e “escrita direta”. Eis o primeiro parágrafo da Introduçã

“O termo ‘xenoglossia’ foi o professor Richet [Prêmio Nobel de Fisiologia, em 1913, autor do Tratado de Metapsíquica] quem o propôs, com o intuito de distinguir, de modo preciso, a mediunidade poliglota propriamente dita, pela qual os médiuns falam ou escrevem em línguas que eles ignoram totalmente e, às vezes, ignoradas de todos os presentes, dos casos afins, mas radicalmente diversos, de ‘glossolalia’, nos quais os pacientes sonambúlicos falam ou escrevem em pseudolínguas inexistentes, elaboradas nos recessos de suas subconsciências, pseudolínguas que não raro se revelam orgânicas, pelo serem conformes às regras gramaticais.”

Mais adiante, deixa claro que: “Do ponto de vista teórico, a ‘mediunidade poliglota’ se mostra uma das mais importantes manifestações da fenomenologia metapsíquica, pois, por ela, se eliminam de um só golpe todas as hipóteses de que disponha quem queira tentar explicá-las, sem se afastar dos poderes supra-normais inerentes à subconsciência humana, porquanto a interpretação dos fatos, no sentido espiritualista, se  impõe aqui de forma racionalmente inevitável. Quer isto dizer que, graças aos fenômenos de ‘xenoglossia’, se deve considerar provado que, nas experiências mediúnicas, intervêm entidades espirituais extrínsecas ao médium e aos presentes.”

Fato curioso é que se consultarmos os dicionários mais conhecidos, neles não encontramos este verbete, mas apenas outros dois, como veremos, em seguida: No Dicionário Grego-Português e Português-Grego, de Isidro Pereira S.J. (6ª edição, Porto, Livraria Apostolado da Imprensa, s/d), p. 1054), encontramos  somente Xenofilia e Xenofobia, ambos s.f. com as definições, naturalmente, em grego moderno. Na 2ª edição de Aurélio, lá se encontram as aludidas palavras com alguns termos derivados; e mesmo no Dicionário Básico Escolar Koogan-Larousse, de Antônio Houaiss, elas lá se encontram. Se consultarmos outros dos famosos que existem, eles, os dicionaristas, não registraram “xenoglossia”. Por quê?

(*) clínico geral e psiquiatra

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