Minha casa... Minha vida?

Andou politicamente certo o Governo ao pensar na habitação popular. Com efeito, era um drama o pai ou mãe de família encontrar... e pagar onde morar nas cidades que cresciam. Moradia era problema... mas a educação e a saúde eram e se agravam com a chegada dos novos habitantes. Dona Dilma, como todas as mulheres, preocupou-se de preferência na casa, primeira necessidade do lar – e aí nasceu o Minha Casa Minha Vida. Tudo bem como ideal – mas vai se tornando enorme complicador social. A casa própria, como tudo neste Brasil, transformou em sucessão de problemas que não foram pensados. Começo, como tudo no Brasil, pela política. Ter uma casa própria, por menor e mais simples que fosse, era um sonho nacional. O sonho começou na política, que se transformou imediatamente como a máquina eleitoral. Em todas as cidades a casa própria transformou-se em sonho polític prefeitos, vereadores, deputados agarraram-se ao sonho e foram (muitos!) por ele eleitos – vocês sabem disto. Acontece que casa não é tudo, vou considerando pontos falhos e perigosos. Primeiro, pelo perigo social comprovad o “casa própria” é ajuntamento político eleitoral – o resto não interessa. Primeira conclusã o ajuntamento mistura gente de toda espécie e laia. Ao lado do casal sertanejo suas duas filhas de 10 e 12 anos são cortejadas e seduzidas por jovens drogados, por vezes violentos, ladrões sem profissão que não seja a perversão. Atenção médica... impossível em quantidade e qualidade. Atenção social? Como igualmente no ensino e na atividade policial, todos apanhados de surpresa na avalanche das necessidades? Bem, vejam comigo ali na TV: no Rio e em São Paulo o agrupamento dos marginais cresce em número e violência. Os jornais choram agressões, os governos choram sua impotência... E olhe comigo, bom leitor: novas eleições acontecerão este ano. A base eleitoral dos candidatos está no “Minha Casa Minha Vida”. Você pensa que dona Dilma Candidata vai ordenar um “Para, gente, vamos estudar e organizar!” Que nada, companheiro, vamos cuidar disto... depois... depois!