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Terça-feira, 11 de agosto, uma hora da tarde, num breve momento de ócio abri a Internet e para minha surpresa, lá estava a notícia de que Schumacher havia desistido de retornar à F 1...

Reginaldo Baleia Leite
Publicado em 12/08/2009 às 23:19Atualizado em 20/12/2022 às 11:13
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Terça-feira, 11 de agosto, uma hora da tarde, num breve momento de ócio abri a Internet e para minha surpresa, lá estava a notícia de que Schumacher havia desistido de retornar à F 1. E aí me vi apavorado. Explicand toda terça-feira tenho que passar minha coluna para o jornal até às 15:00h, e como sempre, ela tinha sido feita no domingo e o tema era justamente a volta do alemão. Agora eu teria duas horas para fazer outra. Gostoso! E isso no meio do expediente e eu sozinho na loja, pois o pessoal ainda estava para o almoço. Nesses momentos o telefone é um chato. Mas vamos ao que interessa! Sempre achei que tinha um pouco de marketing nessa história do alemão voltar, mas como toda volta é recheada de surpresas e especulações, e até de romantismo, vínhamos acompanhando a novela que a mídia produzia. Desde o começo, seu empresário negava a volta do alemão. Um dia antes da nota oficial da volta, Willi Weber havia negado que seu piloto voltaria. Mas o jogo de interesses é muito maior. Nunca se falou tanto de F1 nesse ano, como depois que o aposentado disse que voltaria para ajudar a equipe italiana. Os mais fanáticos falavam até em vitória. Os mais céticos, como Montoya, chegaram a dizer que ele iria levar pau do Räikkönen.   Mas o piloto demonstrava que sua volta era séria, pois estava treinando com uma Ferrari de 2007, e andando de Kart para aprimorar sua forma física. Na segunda-feira, dia 10, ele havia realizado testes com a F 2007. No intervalo entre o anúncio da volta e a nota de terça-feira, muita coisa saiu na mídia. E a assessora de imprensa do alemão teve muito trabalho, pois a toda hora era obrigada a desmentir a nota plantada, ou mesmo verdadeira. Teve até uma nota dizendo que o médico particular do piloto o havia proibido de correr, mas também foi desmentida. E agora parece que era verdade. Na verdade, vamos ficar um pouco decepcionados por não ver o alemão pilotando. Se ele ia andar na frente não sei, mas que seria interessante vê-lo novamente em ação, seria! Imagino como deve estar sendo difícil para o piloto abandonar essa chance, pois para quem tem nas veias o vírus da velocidade, é muito difícil ficar longe das pistas. Mas quem deve estar chorando muito são os cartolas, pois o interesse na prova de Valencia era grande.   Por outro lado, nosso Felipe Massa que de uma hora pra outra foi esquecido pela mídia especializada, devido ao grande interesse no alemão, agora ganha uma sobrevida. Pois seu substituto será Luca Badoer, que não pilota de verdade a muito tempo, desde 1999. E assim, a equipe deverá se dedicar à volta do brasileiro, o mais rápido possível. O ideal seria voltar logo, pois para o ano que vem a sua vida poderá ser difícil. Novamente um jornal espanhol, desta vez um jornal de mais credibilidade, diz que Fernando Alonso já assinou com os italianos, e só não foi oficialmente divulgado porque o piloto ainda cumpre contratos com a Renault e seus patrocinadores. O contrato com os franceses oficialmente termina em 2010, mais já está tudo arranjado. O gigante Santander é quem estaria por trás de tudo. Isto é, quem está bancando a ida do espanhol para a equipe Ferrari. O banco, no momento, ainda é patrocinador da McLaren, que foi pra lá junto com Alonso, para a temporada de 2007.   Depois da saída de Alonso, eles se viram obrigados a cumprir o contrato assinado, mesmo sem ter a maior estrela ibérica na equipe. Mas em 2010, Alonso e Santander estarão juntos novamente, segundo o jornal hispânico. Imagine como será a vida de Massa dentro da Ferrari. O maior patrocinador é do espanhol. O mesmo espanhol que sempre deu um jeitinho de garantir para si a maior atenção da equipe, e a única vez em que isso não deu certo, ele tirou o time de campo e voltou para a Renault, mesmo sabendo que não teria carro para disputar o campeonato. Se essa nota for verdade, a maior arma do brasileiro é o relacionamento que criou dentro da equipe e a força de Jean Todt, que oficialmente é apenas o pai de seu empresário. Mas na verdade é o homem que colocou Felipe na F-1 e cuidou de sua carreira. Vamos torcer para que nosso piloto encontre uma maneira de desbancar seu futuro inimigo dentro da equipe. Inimigo mesmo, pois os dois nunca se bicaram e, como já disse antes, o espanhol é mestre em destruir seus companheiros de equipe. E pior ainda, depois do que passou na McLaren, certamente ele incluiu uma cláusula em seu contrato, para que seja o primeiro piloto.   Mudando de assunto, a rede do plim-plim bem que tentou, deu a maior visibilidade à uma prova da Stock-Car, já vista até hoje. Mas a primeira etapa da categoria num circuito de rua foi das mais chatas, estava mais para suflê de chuchu do que qualquer outra coisa. Esse circuito é o pior que já vi, onde uma ultrapassagem é coisa de ficção científica, e aquela chicane construída na madrugada, era uma piada, pior que a de pneus que era utilizada nos primeiros treinos, mas pior do que isso era a obrigação dos pilotos não realizarem ultrapassagens na reta de chegada. Tudo muito amador para a categoria que conta com o maior orçamento do automobilismo nacional.     Felicidades a todos!

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