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Momento brasileiro

Desculpem-me os senhores vereadores

João Gilberto Rodrigues da Cunha
Publicado em 20/03/2013 às 20:23Atualizado em 19/12/2022 às 14:07
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Desculpem-me os senhores vereadores por ter saído precocemente da reunião que a Câmara patrocinou para estudo e solução do nosso drama – dengue. Na primeira hora, em que estava presente, nada vi ou ouvi de prática solução. O auditório estava cheio de gente e curiosidade... mas foi raleando porque esperavam coisa assim de acabar com o mosquito e sua bagagem de vírus. Ou seja, simplificand vamos contar com a graça de Deus, o tempo esgotará esta peste. Já temos um mês ou mais de pulverização com o tal fumacê – antiquado e inoperante com os fundos e caixa d’água. O nosso prefeito Piau disse-me que pulverização aérea é proibida... não sei por que ou razão, embora o fumacê seja coisa lenta, de portas e respeitosa das casas e terrenos fechados. Paciência, com o tempo tudo vai resolver, afinal poucos morreram de dengue! É, mas e a quantidade dos que perderam ocupação, trabalho, colégio e etc? Um raciocínio político seria dizer que mais gente será necessária e vai ser contratada, coisa que o povo aprecia. De passagem e solidariedade ao prefeito, que deve estar sofrendo diariamente aqueles que lhe vão pedir emprego e benefícios, aquele papo “eu votei no senhor, etc e tal”. Beneficiar é bom, mas no Brasil virou mania. Pra ganhar eleição vale tudo, mais ainda se o candidato tiver possibilidades de beneficiar eleitores. Sem falar falando... e escrevendo... este velho brasileiro denuncia os favores do programa da dona Dilma, Minha Casa Minha Vida, um exemplo da boa causa que nosso povo sabe esculhambar com perfeição. Desafio vereadores e líderes comunitários a um programa: visitar os conjuntos destas casas, é claro, de surpresa... afinal estamos no Brasil. É simples, entra sem aviso no conjunto, vai caminhando e perguntando nas casas: esta casa é sua? Vão tomar vários sustos: a casa não está ocupada, outras ocupadas não pelo “dono sorteado” mas sim por um amigo e família infeliz, que ali está pagando aluguel ao sortudo... Meu caro leitor, não estou esculhambando ninguém além do nosso povo todo – o Brasil, infelizmente, é isto que aí está. Quem quer ser político deve ganhar eleição – a honestidade pura não é suficiente, a não ser que o honesto queira ficar na cerca. Hoje, que estou envenenado, conto caso aqui aplicável – e sério porque foi o dr. Randolfo Borges que me contou. Era do “seu” Galdim Lelis, ali do território dos Borges de quem era amigo. Seu Galdino tinha um filho grande, por nome Zezão, que devia cuidar dos arredores e quintal da casa – mas preferia dormir. Seu Galdino, chegando em casa, gritava: Zezão como vão as coisas, meu filho? Zezão, levantando da cama, olhava pela janela e respondia terminand Tá tudo nos seus lugar, véio! É, tem gente assim. (*) Médico e pecuarista

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