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MONTE CARLO

O GP de Mônaco foi uma ótima etapa para Mark Webber, pois para os demais pilotos e assistentes foi uma provinha insossa e bucólica

Reginaldo Baleia Leite
Publicado em 19/05/2010 às 19:59Atualizado em 17/12/2022 às 06:22
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O GP de Mônaco foi uma ótima etapa para Mark Webber, pois para os demais pilotos e assistentes foi uma provinha insossa e bucólica. Depois de cinquenta e um anos, um australiano venceu a etapa monaguesca. E pasmem, o vencedor daquele ano tornou-se o campeão mundial, e normalmente quem vence a etapa de Barcelona também acaba a temporada como campeão. Estáticas a parte, Webber em poucos dias conseguiu apagar a estrela de Vettel. O alemãozinho vem se tornando coadjuvante. Logo ele que era o centro das atenções, agora é obrigado a ver o companheiro onze anos mais experiente comandar o espetáculo e de maneira eficiente.   A primeira e segunda filas da largada não tiveram alterações a não ser na largada, quando Vettel ganhou a posição de Kubica e depois disso foram setenta oito voltas sem trocas ou mudanças de posições. Massa largou em quarto e por lá ficou. E não teve a mesma sorte de Alonso na Espanha, a de algum adversário ficar pelo caminho antes da bandeirada. Alonso tem contado muito com a sorte, mesmo quando erra feio como no sábado. Hulkenberg sem querer o ajudou. E os italianos foram espertos ao fazerem a troca obrigatória de pneus no momento em que aquela bela Mercedona (SLS AMG - Safety-Car) ocupava o primeiro lugar nas ruas do principado.   Um piloto sobressaiu-se nesse final de semana, pilotando mais que o carro e demonstrou estar em ótima fase: o polonês Robert Kubica, que guiou demais no sábado, conseguindo se posicionar entre as duas RB6 em segundo lugar. E olhe bem, essas RB6 estão muito a frente da concorrência. O feito do polonês é inquestionável. A Renault não trouxe nada de especial para a etapa de Mônaco. O carro era o mesmo de Barcelona, nem asas de maior arrasto como quase todos trouxeram, ele tinha. O mais chato dessa história é que tem gente interessada em colocar Kubica no lugar de Massa em 2011. Mas o empresário de Massa, informalmente falando, é o presidente da FIA e ex-manda chuva de Maranello. Barrichello também foi digno de aplausos. Mas seu carro assim como o do companheiro sofreu um acidente estranho. E a Williams foi péssima no primeiro pit-stop do brasileiro.   Agora, estranho mesmo foi o que a Mercedes fez com Rosberg, deixando-o tempo demais na pista, mesmo estando limitado por Webber, assim que o mesmo deixou os boxes. Na volta 23 Rosberg havia feito a melhor volta, mais o mestre das estratégias mais uma vez errou e só mandou o piloto parar na volta vinte e oito e quando voltou estava atrás do Shumi. Pensando bem, é estranho só para quem não conhece a cumplicidade entre Brawn e Shumi. A vida de Rosberg não está nada fácil e ele deveria se aconselhar com o Burrinho, para não ter algum problema psicológico antes do fim desta temporada. Rubens já havia avisado o alemãozinho no início da temporada, mas ele o esnobou e agora está vivendo o drama.     Por falar no Schumacher, ele protagonizou um dos melhores momentos deste GP anêmico em emoções. Macaco velho como sempre, o alemão ultrapassou Alonso assim que deram a bandeira verde no final. O melhor de tudo é que o Luciano Burti do PLIM-PLIM cantou a bola antes de acontecer. Mas depois da prova penalizaram o alemão em vinte segundos. Nunca, nem de longe, fui advogado do alemão. Pois ele sempre foi sujo e usou tudo e todos a seu favor e quem não estava no seu esquema era colocado fora. Também com Briatore como seu mentor não poderia dar outra coisa.   Mas uma coisa que aprendi quando ainda criança, lá pelos meus cinco anos de idade, era que bandeira amarela era para tirar o pé e manter a posição, enquanto a verde era de pista liberada e pé no fundo. Mas o alemão está pagando pelo que fez no passado. O comissário de pista do dia era Damon Hill, justamente aquele que o alemão tirou da pista na Austrália em 1994, quando conseguiu seu primeiro título. O comissário usou o artigo 40, alínea 13 do regulamento desportivo da FIA. É alemão, aqui se faz aqui se paga, esse é o ditado, e assim aconteceu. Mas pela lógica o alemão não poderia ser punido, pois houve a bandeira verde. E a Mercedes entrou com uma apelação sobre o caso. Mas a manobra foi logo em cima de uma Ferrari e a do Alonso e o comissário principal um velho inimigo. O alemão agora começa a viver o outro lado da moeda. Politicamente falando, os italianos têm a maior força do grid e ganham todas no grito.     Corridas na TV Sábado - 22/5 Nascar – canal Speed Domingo - 23/05 Moto GP – SporTv Stock Car - SporTv DTM - BandSport

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