Mudanças no comando
Houve mudanças no comando do trânsito em Uberaba, o que será positivo
Houve mudanças no comando do trânsito em Uberaba, o que será positivo. Teremos agora um graduado da Polícia Militar. Parabéns pela iniciativa e vamos torcer para que as coisas melhorem para os pedestres e motoristas.
A Polícia Militar se afastou do trânsito em nossa cidade e o tempo demonstrou que a Guarda Municipal é inepta para o seu comando. Talvez por falta de preparo ou vocação para a atividade. Entendem que a multa é o bastante para conter os problemas causados pela falta de educação ao volante. Porém, as multas não resolvem e algumas, improcedentes, nem criam um censo coletivo de responsabilidade no trânsito. Contribuem também para o caos urbano a sinalização e a cultura uberabense.
Feche os olhos e pense num bairro. Pensou? Pode ter certeza de que a sinalização naquele bairro é péssima, senão caótica. Sabe por quê? Porque nunca houve sinalização em nossa cidade ao longo dos governos municipais. Quem teve uma preocupação inicial foi o ex-prefeito Luiz Guaritá Neto; depois, só agora. No entanto, a cidade explodiu de carros sem que houvesse preocupação com as vias de escoamento, com a sinalização e educação.
A Secretaria de Trânsito e Transporte só aparece durante a Semana do Trânsito, para desaparecer ao longo do ano. É preciso, sim, uma política educacional perene. Tem havido uma tentativa do planejamento urbano em sanar alguns gargalos urbanos. Chegaram a contratar um renomado arquiteto para estudar os gargalos e nos desobstruírem, mas as intervenções pecam por não ser frisantes. É inconvincente a sinalização, quando não absurda. Observem a lógica da sinalização à porta do Colégio Diocesano. As placas de proibido parar ficam rentes ao lado de quem desce para ir à escola, quando se desloca no sentido centro–bairro. Ao contrário, bairro–centro, a sinalização permite estacionar do lado do passeio do colégio. E quando o trânsito se torna um absurdo, na entrada e saída dos alunos, a Guarda Municipal comparece para multar, e não para prover com orientação os motoristas, que sempre, na sua maioria, são mal-educados. Acham que têm sempre a preferência.
Não sei, na verdade, de quem é a culpa pelo caos na porta do Diocesano – se é do Departamento de Trânsito ou da instituição educacional –, mas sabemos quem são os penalizados e os pais que foram multados. Só no mês de abril, são mais de uma centena. Sem falar que, quando vamos atravessar uma rua, há sempre um carro estacionado do lado de sua visão, não lhe permitindo ter a segurança necessária para a travessia. Aprendemos a estacionar ou a parar somente do lado direito, quando na verdade se pode parar do lado esquerdo, desde que esta definição seja do Departamento de Trânsito.
Não vou discorrer sobre as motocicletas, porque já estou sendo repetitivo com o tema e falar dessa falange seria redundar num tema pra lá de inoportuno, porque eles são definitivamente amantes do caos e somente com blitze educativas é que se pode erradicar esse câncer do tecido viário urbano. Sem falar daqueles motoqueiros que deixam a moto para se deslocarem de carro, acreditando que estão pilotando uma moto. Estes são a morte assassinando velhinhos e crianças.
(*) professor