Estou chegando de volta de Belo Horizonte, em visita a bom e velho amigo – uma especialidade que nós idosos cultivamos com saudade. Em minha curiosidade, coisa ainda persistente nos idosos, joguei e recebi jogadas de política na capital de Minas Gerais. A minha, vocês já sabem, é do Triângulo, que eles lá de cima ignoram até na próxima eleição. Minas, porém, é capital política, lugar bom para minha curiosidade. Devo dizer a esses que parti daqui para a capital com a minha permanente interrogação sobre política, políticos e seus resultados. Adianto que minha pessoa já marcou alguns gols na previsão eleitoral – mas também já levei uns banhos de bola, razão para escutar este terrível mercado da política. Adianto, como primeira observação, que em Belo Horizonte como em todas as cidades colaterais o que está evidente é confusão e interesses da política menor – de vereador a governador, diria o Dino. Não vi nem escutei as paixões para a presidência, o calor e a munição estão sendo gastos de vereadores a deputados. Entretanto, isto é curioso. Todos estão fervendo no peito a confusão maior e mais importante: a presidência. De Lula para Dilma, as pessoas, resultados e tempos são outros... e os políticos não querem ficar ancorados em partidos e candidatos. O projeto eleitoral foi-se estreitando, e até Minas está em confusão e prudência. De Aécio não falam, talvez medo de passar vergonha. A Dilma, que já foi experimentada e está dançando na corda bamba e perigosa, está uma confusão. Aliás, e sem maldade, lembro-me que briga de mulher sempre é sangrenta a instável, diziam os frequentadores da nossa rua São Miguel. A Marina, desconhecida, é a surpresa que fui visitando. E traduz nela o povão que se julga abandonado quer ter palavra e voto. Esta canseira é biológica, aconteceu e acontece na história dos mundos. Penso e resum não é Marina que se discute, é o cansaço dos governos que já passaram e o desejo, quase necessidade de experimentar mudando. Dá pra entender, o Genísio do Rio do Peixe?
