Descoberta. Nesta semana descobri que não sou o único que enxerga o ‘Verme’ (Bernie) Ecclestone como um verme mesmo. O metido e ex-nojento do Ron Dennis veio a público e disse umas verdades sobre a figurinha que domina a categoria máxima do automobilismo.
Aliado. Nosso aliado disse com todas as letras que ‘Verme’ roubou as equipes. “Bernie efetivamente roubou a F1 de nós [as equipes]. Ele usou do interesse comercial para persuadir os times a aceitarem um contrato que os eliminavam ao lhe darem os direitos que antes existiam”, Na verdade o ‘Verme’ nunca dá ponto sem no.
Comissão. Na verdade, o ‘Verme’ como dono da FOM fez da F1 o próprio negócio. Isso no final dos anos 70, quando passou a vender os direitos de imagem da categoria para as televisões. E não é só nesses direitos que ele criou receita. Será por que só um arquiteto projeta os novos autódromos? Que são construídos por quantias exorbitantes em países sem tradição no esporte. Entendeu?
Centralizador. Mas um dia as equipes acordaram e começaram a se unir e assim foi criado o Pacto de Concórdia, assinado em 1997, e aí as equipes começaram a receber uma pequena parcela do muito da venda dos direitos. Além disso, o ‘Verme’ criou empresas que também atuam na administração, na negociação e na logística dos GPs da F1.
Quero mais. Picuinhas à parte, na verdade quem começou a polêmica foi o capo da Ferrari, Luca de Montezemollo, que em entrevista a um diário inglês, disse que o poder que o ‘Verme’ exerce na categoria torna as equipes reféns dos interesses comerciais das empresas que ele criou para comandar a F1. Na verdade, o capo italiano esta é reivindicando uma porcentagem maior dos lucros para as equipes.
Novo. Para ser sincero, a verdade é que tanto o capo italiano como o metido do inglês estão de olho é no dinheiro e usam o esporte como desculpa para tomar as rédeas da categoria. O ‘Verme’ viu um grande filão nos direitos televisivos e ainda ganha com tudo em volta da F1. Mas acho que ele e os outros ainda não abriram os olhos para o novo grande filão que é a internet. E vai ser por aí que devem perder suas grandes receitas.
Duelo. Outras categorias já enxergaram o nicho, enquanto a turma da F1 deve brigar entre si. Seja qual for o resultado dessa disputa, nós torcedores só temos a ganhar. Se houver uma renovação do pacto da Concórdia, a vitória será do Verne, mas as equipes certamente aumentaram suas receitas e o ‘Verme’ perderá um pouco. E nós veremos equipes com melhores receitas e com melhor poder de fogo.
Duelo II. Agora, se não houver acordo, a FOTA certamente vai emplacar uma nova categoria com as equipes antigas. E o ‘Verme’ vai ficar sem as tradicionais. Mas, se conheço ele bem, certamente vai conseguir via dim-dim, manter alguém da velha guarda como aliado e manter uma F1 sem as grandes estrelas.
Racha. Com duas categorias, como já vimos na Inddy, fatalmente as duas acabam se dando mal. E o futuro não seria bom para nenhuma das duas. O normal seria depois de um tempo elas se uniriam novamente. Mas isso só depois do óbito do ‘Verme’. E aí corremos o risco de ver outro mala tomar conta dessa categoria. Mas antes muitas cabeças vão rolar.
Surpresa boa. O desafio internacional das estrelas, evento de Kart organizado pelo Felipe Massa, que esse ano pela primeira não contou com a presença de Michael Schumacher e que de estrangeiro mesmo apenas o Jaime Alguersuari, teve como vencedora da segunda bateria a pilota Bia Figueiredo. Bia largou em décimo primeiro e conseguiu vencer passando por vários pilotos de ponta. Lucas de Grassi venceu a primeira bateria e levou o título. Parabéns, pois pilotou muito e impecavelmente!
Boas festas e muita paz!