ARTICULISTAS

Não se fabrica mais

Vivemos na exuberância da Eletrônica

Manoel Therezo
Publicado em 24/08/2013 às 19:41Atualizado em 19/12/2022 às 11:27
Compartilhar

Vivemos na exuberância da Eletrônica que nos encanta com suas coisas. Maquinas fazendo inveja à inteligência humana. Aparelhos hospitalares transmitindo aos pacientes a viva voz, os procedimentos que um alguém haveria de fazê-los. Tudo é evolução. Vem essa maravilha até nós, graças a Benjamin Franklin que se dedicou conhecer os estranhos fenômenos dessa ainda incógnita Eletricidade. O mundo científico da época o consagrou o maior vulto dessa descoberta. Esperavam que ele passasse à posteridade, os seus verdadeiros princípios—mas se desconhecia de fato, onde repousava a sua natureza. Não é preciso justificar a importância fundamental da eletricidade ao mundo atual.  Enquanto ela nos permite o mundo belo da evolução, ao contrário, abre-se diante de nós, a horrorosa era do “NÃO SE FABRICA MAIS.” Vive-se preso aos interesses dos fabricantes. Tudo o que não lhes trouxer ($$$), deixa de ser fabricado. Quando esporadicamente ainda se fabrica algum produto de pouco mercado, não apresenta qualidade e padrão de tamanho. Por tal razão, joga-se fora a geladeira, a máquina de lavar roupas, o chuveiro que não mais se encontra a resistência, aquele azulejo, aquele piso cerâmico, muda-se todo o telhado porque aquela telha já “NÃO SE FABRICA MAIS”. Aqueles 18 vidros (40X40) na cor vinho claro que, acidentalmente um deles foi quebrado, resta quebrar os 17 restantes porque naquela cor vinho claro, NÃO SE FABRICA MAIS. Deixa-se na garagem, o carro porque dele o que se procura não mais se encontra. Enfim, estamos na era do “NÃO SE FABRICA MAIS.” Até aqui, mesmo inconformado e sem solução, continua-se—porém, aquele remédio que o organismo dele já está condicionado pelo uso de muitos anos, estar incluído na lista dos “NÃO SE FABRICA MAIS” tão só por razões de interesse ($$$) do laboratório, este haveria de ser seriamente questionado. Charles de Gaulle salvo engano, em visita por aqui, manifestou lhe parecer ser o “Brasil um país não muito sério.” De fato não é mesmo não, senhor Charles de Gaulle. Por aqui, tudo é oportunismo. Mesmo aqueles dias consagrados a um alguém da família, são razões ($$$$). Dias anteriores, um pequeno vasinho de flores custava poucos reais e alguns centavos. No dia consagrado aos pais que partiram nos deixando feridos pela saudade, seu preço foi às alturas. Por quê? Oportunismo? Outros, como hienas famintas, ficam a espreitar o 13º salário do trabalhador, enchendo a televisão com mil promessas de descontos ludibriadores. Que loucura!... No período chuvoso, certas verduras e alguns legumes, tornam-se mais caros. Por que disso? É o tempo, argumentam—mas, o que tem isso com o seu majorado preço? Simplesmente oportunismo. Por doutro lado, basta o governo manifestar provável aumento no preço dos combustíveis, para os postos aumentarem os seus na maior pressa. Lógico que não se desconhece os enfrentos do comércio aos impostos que o governo lhes taxa para sustentar um Congresso com inconcebíveis salários e sem a necessidade de tantos eleitos. Em razão do “NÃO SE FABRICA MAIS”, oficinas de consertos se fecham alegando a falta de peças para a reposição. O mundo do trabalho se reduzindo e a necessidade não esperando, alguns infelizmente partem para o roubo. Se para isso necessitarem de ferramentas e elas não trouxerem ($$$) aos fabricantes, se queixarão também do “NÃO SE FABRICA MAIS.” 

(*) manoel_ marta@hotmail.com

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Logotipo JM OnlineLogotipo JM Online

Nossos Apps

Redes Sociais

Razão Social

Rio Grande Artes Gráficas Ltda

CNPJ: 17.771.076/0001-83

Logotipo JM Magazine
Logotipo JM Online
Logotipo JM Online
Logotipo JM Rádio
Logotipo Editoria & Gráfica Vitória
JM Online© Copyright 2025Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por