Como na coluna passada, prometemos uma cobertura das 500 Milhas da Granja Viana. Corrida que começou como uma brincadeira há mais de 13 anos, por ideia de Felipe Giafone, que é dono do complexo da Granja Viana. Giaffone lançou a ideia de uma confraternização de fim de ano para pilotos do naipe de Rubinho e Kanaan e muitas outras estrelas na época. Pois logo que foi inaugurado, o Kartódromo não era muito ocupado pela galera do kart, pois o Kartódromo de Interlagos era muito mais próximo, porém mais burocrático. Das doze edições anteriores das 500 Milhas, Barrichello e sua equipe, venceram oito etapas. Agora está treze a oito. E, normalmente, com participantes variados. De uns tempos para cá só Tony Kannan tem uma vaga certa na equipe. Pois os dois são parceiros numa ação de fraternidade e sem fins lucrativos, para ajudar crianças carentes, mas nada a ver com algumas ONGs em moda no momento. O Kartódromo da Granja Viana fica em Cotia, na grande São Paulo e nessa edição contou com novidades no event como a venda de ingressos com um preço mínimo razoável para ver de perto estrelas internacionais como Felipe Massa, Rubens Barrichello, Tony Kanaan, Lucas Di Grassi, Christian Fittipaldi, Pizzonia e cia. por R$ 20,00, preço da arquibancada com validade para treinos classificatórios e corrida e havia ainda camarotes com serviço de buffet, por R$ 200,00, um camarote individual que oferece um bom cardápio. Com um cardápio especial desenvolvido pela Nutribless. Mas quem estava interessado em algo mais badalado e sofisticado, existia um camarote fechado, com capacidade para 30 pessoas, ao preço de R$ 10.000,00. E deu Ibope. Sampa tem um nível de vida bem diferente do nosso uberabense. Os ricos daqui são remediados por lá. Isso me assustava no começo, não que eu seja alguém por aqui, mas convivo com todas as classes. E ao desembarcar aqui a ficha cai e voltamos ao nosso cotidiano. E lá vou eu desviando do assunto principal que foi a corrida em si, mas com assuntos que poucos conhecem, mas que são interessantes! A pole da corrida foi da equipe de Bruno Junqueira, que surpreendeu a todos os presentes, pois a lógica indicava a equipe de Massa, que comandou as preliminares, ou a de Rubinho, que sempre é a mais forte na hora do vamos ver. Na equipe de Junqueira competiam André Martins, Eduardo Martins, Emilio Padron e Raul Costa. De estrela mesmo só o Junqueira, que fez miséria na mini corrida de vinte voltas que definia o pole. Parabéns ao mineiro que literalmente voou no qualifyne. Junqueira foi piloto da Williams e corria na F Inddy. Mas é um azarado de primeira. Azarado em termos, pois depois que escapou com vida e sem sequelas de seu último acidente em Indianápolis, pode ser considerado até um piloto de uma certa sorte. E a corrida? Massa e sua equipe venceram, mesmo sem liderar todas as voltas da corrida, mas comandou boa parte da prova. Bruno Junqueira, não ficou muito tempo na ponta. No início, a equipe de Christian Fittipaldi, Vitor Meira, Mario Haberfeld e Felipe Guimarães sentiu o gostinho de estar no primeiro lugar. Mas também foi por pouco tempo. Algumas vezes, Massa liderava, mas sem moleza, pois a pressão de Fittipaldi, Meira, Barrichello, entre outros, era forte. A equipe de Fittipaldi dançou quando os dois karts deram problemas e acabaram com as chances do grupo, que sempre esteve entre os primeiros colocados nos treinos na Granja Viana. A equipe de Massa começou a aumentar a vantagem a cada passagem. Construindo uma boa vantagem para os rivais, eles apenas controlavam, administravam, tomaram cuidado para não cometer nenhum erro e levaram o kart nº 19 até a linha de chegada, na primeira posição. Massa foi o responsável pelo feito. E na linha de chegada repetiu o gesto de Bebeto na copa de 94, ao cruzar a linha, deixou as mãos do volante e fez um gesto como se estivesse embalando um bebê. Uma homenagem a seu filho recém-nascido. Em segundo chegou a equipe Techspeed MG Pneus, com o kart nº 45de Ricardo Zonta, Eduardo Dieter, Francesco Ventre, André Nicastro, Leonardo Nienkotter. A equipe favorita a de Rubens, a de Tony Kanaan, Felipe Giaffone, Renato Russo, Oswaldo Negri, Marco Andretti e Pizzonia acabou com o terceiro posto, depois de oscilarem bastante entre os cinco primeiros durante a prova. Bia Figueiredo também fez parte dessa equipe. Bia em 1997 correu em equipe com Massa e foram vencedores, tinha apenas doze anos e Massa não era ninguém perto das feras com quem concorreu. Isso é o “tchan” das 500 milhas. Um zé ninguém pode concorrer com as estrelas do momento. E como exemplo veja a turma que chegou em quarto, com Nelsinho Stanisci, Jefferson Muccio, Seba Malucelli, Alain Sisdeli, Allan Synthes, Vitor Caliman e Arthur Guilherme, que chegaram a comemorar e vibrar mais que os vencedores, e com razão, por contarem com esquemas mais modestos, são pilotos da KW Audio/Porto Alcobaça. Em quinto, chegaram os pilotos da equipe IMM/Viapol/O.N.S com André Matinha, Vinicius de Souza, Fabio Orsolon, Matheus Porto, Onassis de Souza, Dennis Dirani e Sergio Jimenez, esse uma das maiores feras do kart brasileiro, mas que não têm patrocínio para correr lá fora. E assim vai acabar correndo de Stock-Car aqui no Brasil. Uma ótima semana a todos!