ARTICULISTAS

Novas lideranças

O provincianismo de alguns vereadores redundará em tiro na atual legislatura

Gilberto Caixeta
gilcaixeta@terra.com.br
Publicado em 27/03/2012 às 19:53Atualizado em 19/12/2022 às 20:34
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O provincianismo de alguns vereadores redundará em tiro na atual legislatura municipal. Aqueles vereadores, que em nome da mediocridade não votaram favoráveis a número mais representativo de vereadores em Uberaba, que mantiveram as 14 vagas no Legislativo local, deram um tiro no pé ao optarem por manter os seus privilégios pessoais em detrimento de uma representatividade significativa.  Uberaba perdeu a oportunidade de ampliar a sua representatividade e, assim, constituir novos caldos culturais através de novas lideranças políticas.

Estamos órfãos de lideranças políticas que prospectem um futuro de oportunidades assegurando as conquistas realizadas no presente. Até não comungamos com algumas das estratégias de gestão da atual administração, mas não somos obtusos em nossa reflexão, desconsiderando no todo, os avanços oriundos dos governos através de sua articulação junto aos governos Federal e Estadual. Todavia, há méritos substantivos na atual Administração.

O momento é oportuno para se formarem novas lideranças frente ao desgaste natural que os históricos sofrem com os embates municipais, mas a Câmara ceifou esse caminho que seria natural. Embora tenhamos um alto índice de novação na atual legislatura municipal, mas, mesmo assim, postergamos por quatro anos a formação de novas massas críticas culturais exercendo a vereança em nossa cidade. Resta-nos o Executivo.

Nada mais saudável para a democracia, sob a perspectiva burguesa da igualdade e da liberdade, do que a enxurra de ideias no debate político. Propiciando assim um volume de informações onde o cidadão escolha livremente o seu candidato. Não podemos, em nome de uma base, centrar todas as nossas possibilidades de formação de novas lideranças, e ficarmos restritos ali.

É preciso que as agremiações partidárias se apresentem com os seus candidatos e se posicionem como instrumento de poder para mudar aquilo que elas entendem que são necessários. Que seu propor seja o resultado do pensar debatido entre os seus, levado em consideração as suas especificidades. Creio que numa cidade onde as eleições podem ocorrer em dois turnos, querer passar a régua e definir no primeiro turno é privar a sociedade de um debate mais consequente. E até é bom ter dois turnos, até mesmo para que os partidos mostrem as suas diferenças e a eventual união seja a somatória ampliada de compromissos, a partir das ideias.

Defendo uma candidatura dentro do nosso partido, não só pela qualidade do nosso candidato, mas devido à necessidade de se formar um novo campo de reflexão, que sendo opositora a atual administração não é refém às estreitezas de visão. É preciso, sob pena de sermos condenados à mesmice, dar musculatura ao desempenho de nosso candidato atraindo novos parceiros para a reflexão; fecharmos o mais breve possível as coligações proporcionais, e partirmos para o debate social na elaboração da proposta de governo. Senão ficaremos nesta discussão estéril, longe daqueles que realmente definem o processo eleitoral.

(*) Professor

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