Uberabenses e vizinhos que captavam a imagem da TV Uberaba
Uberabenses e vizinhos que captavam a imagem da TV Uberaba, canal 5, lembram-se das brincadeiras do Tio Mário com crianças e, eventualmente, adultos, no programa Roda Gigante (décadas de 70 e 80). Uma das preferidas do auditório era A letra é... Participantes diziam palavras começadas pela letra sorteada e eram eliminados repetindo ou deixando de falar na sua vez. Então sorteava-se nova letra. O jogo terminava ao restar apenas uma criança. Perguntei a produtores artísticos de Belo Horizonte, da mesma rede de TV (que vieram apreciar as brincadeiras e trazer novidades), o que fazer se houvesse palavrão (com programa ao vivo). Foram objetivos: “Palavrão é palavra. Vá em frente!” Acreditem: nunca houve. Hoje, não arriscaria esse jogo.
E vejo que estou com a razão. Presidente da República ser vaiado não é novidade no Brasil. JK o foi solenemente durante um discurso; aguentou firme e arrematou: “Feliz do povo que pode vaiar seu Presidente!” Então foi demoradamente aplaudido. Apesar de a Presidente Dilma não ter declarado aberta a Copa do Mundo de Futebol - tradição de protocolo da Fifa-, para não receber vaias (já experimentadas em outro jogo e mesmo em outros momentos da festa de abertura da Copa), o povo dirigiu-lhe uma frase com palavrão - achincalhe visto por mais de um bilhão de pessoas no mundo todo.
Protestar pedindo segurança, escola, hospital e saúde padrão Fifa é direito do povo. Passeatas podem surtir efeito favorável, mesmo com infiltrados destruindo patrimônio público e privado. Nesse caso, o policiamento, que faz parte da segurança reivindicada pelo povo, entra em ação. Mas o ato contra a Presidente gerou uma imagem negativa do Brasil. Melhor é o protesto através do vot voto bem dado é voto qualificado. Sem xingamento e numa cabine indevassável. É isso!