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Nessa época do ano, o assunto sempre é o Rali Dakar, que se consagrou como o Paris-Dakar

Reginaldo Baleia Leite
Publicado em 05/01/2011 às 22:23Atualizado em 20/12/2022 às 02:18
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     Nessa época do ano, o assunto sempre é o Rali Dakar, que se consagrou como o Paris-Dakar. E muitas vezes não fez jus ao nome, pois largava da Espanha. Agora, o raid acontece apenas na América do Sul e infelizmente perdeu parte de sua origem e importância. Porém, não posso deixar de comentar o cirquinho do ‘Verme’, a razão da existência desse espaço no jornal.       O Dakar 2011 começa na Argentina e vai até o Chile, tem a participação de 407 inscritos: 170 motos, 30 quadriciclos, 140 nos carros e 67 nos caminhões. A última etapa do rali será em 15 de janeiro, caso consigam cumprir o cronograma oficial. Normalmente acontecem contratempos, mas se nada mudar, a data é esta. Terminando de novo na Argentina.      Futuro. Essa competição conseguiu sua consagração por ser disputada no indomável continente africano e sua identidade está diretamente ligada a esse continente. Só é realizado por aqui devido a compromissos comercias, ou seja, contratos de longa duração. È isso mesmo, o esporte a motor é diretamente ligado às finanças e não tem como mudar isso mais.       Política. E se os organizadores do Dakar, apesar das dificuldades políticas, não conseguirem reverter esse quadro, o raid tem tudo para cair no ostracismo futuramente. Pois, como o próprio nome diz, é o Paris-Dakar. E as condições da África é que fizeram dessa competição a mais desafiante e temida dos tempos modernos.       Sobrevivência. Os dirigentes têm apelado para novas regras, como limitar as cilindradas das motos e limitar o uso do GPS a limites menores, como maneiras de deixar a competição mais acirrada, devido às dificuldades menores encontradas nas terras da América do Sul. Na verdade, estão privilegiando aqueles que têm uma visão melhor de navegação sem o GPS.         Baixa. Deixando a parte política e econômica do evento, podemos ver que a Volkswagen é a fábrica que mais investe nessa competição atualmente. Que sem a presença da Mitsubishi, tenta entrar para as estatísticas, preenchendo a lacuna deixada pelos japoneses. Mais uma vez, a parte financeira muda o rumo da história numa disputa esportiva.      Inimigo caseiro. Mas o maior entrave das intenções dos alemães da VW vem da própria nação. A BMW resolveu entrar na disputa e sempre que essa fábrica entra numa disputa é para vencer. Não foram os melhores na F1, porém, mostraram com um orçamento pequeno do que são capazes. Mas a F1 é um mundo a parte. E deverá dar muito trabalho para os conterrâneos  da VW.        Camaradas. Na F1 os acontecimentos  estão em câmera lenta. A última vaga de uma equipe boa foi confirmada: Petrov e seus investidores russos conseguiram um contrato de dois anos na finada Renault. Vale ressaltar que não foi apenas o dinheiro russo que garantiu essa vaga. O ‘Verme’ trabalhou efetivamente para esse desfecho, já que teremos um GP na Rússia.       Cômico.  Por falar na Renault, a equipe deixou ou foi obrigada a deixar, uma senhora falha que aconteceu logo no início da temporada. No GP do Bahrein, Kubica, um dos melhores da temporada, chamou a equipe pelo rádio e disse: “Achei um celular aqui dentro do carro. O que faço, jogo fora ou entro nos boxes?” Isso é típico de equipe nanica.         Pilotão. Apesar de mal assessorado, Kubica conseguiu uma ótima temporada, e foi melhor que Alonso, na mesma equipe na temporada anterior, quando este dispunha de um orçamento infinitamente maior e a Renault ainda era a Renault. Com ‘Briatore’ e tudo mais!         Fofocas. Paul di Resta, segundo a rádio Paddock, será o segundo piloto da Force Índia. E Nico Hulkenberg seria o piloto de testes. O que fica difícil de entender, pois Liuzze ainda tem contrato para essa temporada de 2011. E pela lógica, como se explica colocar o Di Resta que tem pouca experiência na F1 e deixar de lado o Nico, que fez uma temporada completa na Williams. Testes estão proibidos e ele poderá andar nas sextas-feiras.        Interesse. E a única explicação seria a de que a Mercedes, fornecedora de motores da equipe, impôs a presença do Di Resta. Deixaria o piloto por dois anos na equipe indiana e depois o alavancaria para a equipe de fábrica. E a F1 é sempre assim: a lógica do esporte sempre perde para a lógica comercial. Di Resta era piloto da Mercedes no DTM alemão.  Felicidades a todos!

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