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O auge de uma estrela

O local, circuito de Assen na Holanda; o dia, 27 de junho de 2009. O feito, conquistar 100 vitórias no Campeonato Mundial de Motos. O autor da proeza, Valentino Rossi...

Reginaldo Baleia Leite
Publicado em 03/08/2018 às 10:18Atualizado em 17/12/2022 às 05:05
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O local, circuito de Assen na Holanda; o dia, 27 de junho de 2009. O feito, conquistar 100 vitórias no Campeonato Mundial de Motos. O autor da proeza, Valentino Rossi. E, ao realizar este feito histórico justamente neste templo das duas rodas, Assen, fica mais emblemático. Rossi é o segundo piloto na história das duas rodas a atingir a marca de 100 vitórias no mundial. À frente dele está apenas Giacomo Agostini, com 122 vitórias. Mas, na época de Agostini, os pilotos competiam em duas e, às vezes, até três categorias (250, 350 e 500) no mesmo GP. Tanto que Agostini possui uma marca que certamente ninguém conseguira bater, a de quinze títulos mundiais. Rossi tem “apenas” oito. No passado, o Mundial contava com várias categorias: 80cc, 125cc, 250cc, 350cc e 500cc. E o número de provas na temporada era menor. Atualmente, o mundial conta apenas com as 125cc, 250cc e Moto GP. Se Agostini tem vantagem no número de vitórias — 122 contra 100 de Rossi —, o mesmo não acontece no número de vitórias na categoria principal, onde Agostini ou Ago, como é carinhosamente chamado pelos fãs, possui 68 contra mais de 70 de Rossi.   Deixando os números de lado, nunca houve no mundo das duas ou quatro rodas um ser como Valentino Rossi. Suas comemorações se tornaram uma peça à parte no espetáculo das competições. Esse tipo de comemoração tornou-se marca registrada e muitos torcem por ele só para ver que tipo de trapalhada vai rolar depois da bandeirada. No início de sua carreira, essas comemorações eram consideradas pelos críticos mais radicais como se fossem uma ferramenta de marketing. Mais as vitórias e os feitos foram se sucedendo e esses radicais acabaram por se calar. E o mais difícil, apesar de toda áurea que carrega, Rossi é uma pessoa simples e humilde, coisa rara nos grandes astros de hoje.   Na etapa passada na Espanha, Rossi inventou uma ultrapassagem num local nunca experimentado ou imaginado por ninguém antes, é esse tipo de ação que o destaca dos demais. Nesse final de semana, numa pista em Assen, que para o motociclismo é um templo assim como Mônaco é para a F1, ele apenas largou mal como sempre, mas logo tratou de assumir a ponta e não a deixou mais. A Moto GP foi a única categoria do dia onde não houve uma disputa acirrada pela ponta. Simplesmente por que The Doctor era quem comandava o espetáculo. Jorge Lorenzo seu companheiro de equipe, bem que tentou, e foi mais rápido que Rossi em dois trechos do circuito, mas no mais importante e difícil, onde tem uma sequência de esses e uma gincana onde os bons a faziam quase sem deixar a roda da frente tocar no solo, Rossi era infinitamente superior. Tanto que, por mais rápido apenas nesse setor, ele fechava o tempo de volta na frente do hispânico.   Se a Moto GP já tem seu rei, no Mundial de SuperBike acaba de surgir um candidato a se tornar uma grande estrela. Seu nome Ben Spies, um texano de 24 anos, com seus 1,90, que mal cabem em cima da Yamaha R1 que pilota. O meteoro chamado Spees já ganhou 10 baterias nesse ano e mesmo assim esta atrás do nipônico da Ducati Noriyuki Haga. A explicação era a falta de regularidade do americano e a enorme regularidade do japonês. Mas na ultima etapa em Doningthon Park, o piloto da Ducati levou um tombaço e para piorar foi colhido pela sua moto durante a queda, resultando em duas vértebras fraturadas, o que pode afastar Haga de algumas etapas. Mais voltando ao Spies, o jeito como pilota sua R 1 é impressionante e deixa atônicos a todos que o assistem. Ele deixa pra freiar prá lá do Deus me livre e realizar as curvas derrapando de uma forma insana e raspando ate os cotovelos no chão. Ele corre toda uma bateria com o cabo do acelerador até o fim, para quem assiste é uma bela imagem, mas para quem tenta acompanhar o ritmo dele na pista, normalmente acaba no chão. Como aconteceu com o bom e experiente Max Biaggi, na segunda bateria da etapa Inglesa.     Uma ótima semana a todos!

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